Intoxicação por metanol: Ministério define casos suspeitos

Intoxicação por metanol é o novo foco de vigilância do Ministério da Saúde, que publicou critérios oficiais para que hospitais e secretarias identifiquem casos suspeitos em todo o país.
O alerta foi disparado após 43 notificações – 39 em São Paulo e quatro em Pernambuco – com um óbito confirmado. Segundo a pasta, qualquer paciente que, entre 12 e 24 horas após ingerir bebida alcoólica, apresente embriaguez persistente, desconforto gástrico ou alterações visuais deve ser imediatamente reportado.
Intoxicação por metanol: Ministério define casos suspeitos
Quando a contaminação é confirmada, o único antídoto eficaz é o etanol de grau farmacêutico, administrado por via intravenosa ou oral sob controle médico. Para garantir o acesso, os Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) – 32 unidades no país, nove delas em São Paulo – podem solicitar a manipulação do produto. Endereços e telefones estão disponíveis no site gov.br/saude.
O Ministério instalou uma Sala de Situação para acompanhar o surto, considerado atípico: historicamente, o Brasil registra cerca de 20 ocorrências por ano, número já superado em poucos dias. A Polícia Federal investiga a possibilidade de ligação com bebidas adulteradas distribuídas por organizações criminosas.
Nesta semana, o Ministério da Justiça notificou bares e distribuidoras que venderam destilados suspeitos. Os proprietários têm 48 horas para apresentar notas fiscais, lista de fornecedores, condições de estoque e nomes de funcionários envolvidos na comercialização.
Para reduzir riscos, autoridades recomendam que estabelecimentos verifiquem rótulos, lacres e selos fiscais, enquanto consumidores devem evitar produtos sem procedência clara. Caso surjam sintomas, a orientação é procurar o serviço de saúde mais próximo e mencionar a suspeita de metanol.
Especialistas reforçam que a substância é altamente tóxica: pequenas quantidades podem causar cegueira e levar à morte. Por isso, a notificação imediata é essencial para tratamento rápido e para mapear a extensão do problema.
Em resumo, a definição oficial de caso suspeito, a disponibilização do antídoto e o monitoramento em tempo real são as principais estratégias do governo para conter o avanço da intoxicação por metanol.
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Crédito da imagem: Natt Boonyatecha/iStock
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