Inteligência artificial reforça golpes de emprego antigos

Inteligência artificial está sendo usada para deixar antigas fraudes de emprego muito mais convincentes, segundo pesquisa da Universidade do Texas em Arlington. O estudo, liderado pelo professor Gabriel Aguilar, mostra que criminosos combinam técnicas tradicionais com recursos como clonagem de voz e deepfakes para enganar principalmente trabalhadores de baixa renda.
Embora as táticas não sejam novas, a IA amplia o alcance e a credibilidade das mensagens, fazendo com que candidatos paguem taxas para vagas inexistentes — dinheiro que nunca retorna.
Inteligência artificial reforça golpes de emprego antigos
Aguilar relata que quase foi vítima desse tipo de golpe e, por isso, desenvolveu uma estrutura didática para que docentes de comunicação técnica treinem alunos a reconhecer fraudes. Ao portal TechXplore, o professor explicou que humanos e algoritmos formam “parcerias criativas”, mas que, no caso dos golpistas, essa criatividade é direcionada a fins ilícitos.
Entre as ferramentas usadas pelos criminosos, destacam-se:
- Deepfakes em vídeo, que simulam autoridades ou executivos.
- Clonagem de voz, capaz de reproduzir timbres familiares.
- Bots de voz alimentados por IA, que conduzem entrevistas falsas.
Essa combinação faz com que ofertas com salários fora do padrão pareçam legítimas, aumentando o número de vítimas. “A IA não criou novos golpes, mas tornou os antigos mais convincentes”, resume Aguilar. Ele defende que a alfabetização digital seja expandida, de modo que estudantes repassem o conhecimento a familiares e comunidades.
A pesquisa reforça a importância de desconfiar de propostas que exigem pagamento antecipado ou prometem ganhos incomuns. Especialistas recomendam verificar a existência da empresa, desconfiar de contatos fora de canais oficiais e nunca fornecer dados financeiros antes de confirmar a veracidade da vaga.
Para quem busca emprego, o alerta é claro: se a oferta parece boa demais para ser verdade, provavelmente é. “A escrita técnica ajuda as pessoas a perceber rapidamente quando algo não faz sentido”, conclui Aguilar.
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Imagem: Thapana_Studio/Shutterstock
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