Instagram escuta conversas? Adam Mosseri nega e explica

Instagram escuta conversas? Adam Mosseri nega e explica — A dúvida sobre se o aplicativo realmente ativa o microfone do celular para exibir anúncios mais precisos ganhou nova resposta oficial.
Em vídeo publicado nesta semana, o chefe do Instagram, Adam Mosseri, refutou a teoria de que a plataforma capta conversas privadas para fins de publicidade. Segundo ele, a precisão dos anúncios se deve ao comportamento do próprio usuário na internet e dentro do app, e não a gravações ocultas.
Instagram escuta conversas? Adam Mosseri nega e explica
Mosseri afirmou que “não usamos o microfone do telefone para espionar você”, lembrando que tal prática violaria a privacidade, causaria consumo excessivo de bateria e acenderia o indicador de uso do microfone no sistema operacional. Ele apresentou quatro motivos que explicariam as “coincidências” observadas pelos usuários:
Mecanismos que influenciam os anúncios exibidos
1. Pesquisas prévias – O usuário pode ter pesquisado ou clicado em conteúdo relacionado ao produto antes mesmo da conversa presencial.
2. Dados de anunciantes – Empresas parceiras compartilham informações sobre visitantes de seus sites, permitindo que a Meta exiba anúncios a quem demonstrou interesse prévio.
3. Comportamento de amigos ou perfis semelhantes – Se contatos próximos ou pessoas com perfis parecidos interagirem com determinado item, o sistema pode recomendar o mesmo anúncio.
4. Exposição inconsciente – O usuário pode ter visto o anúncio rapidamente, sem registrar conscientemente, e mencionar o produto depois.
O executivo ainda ressaltou que coincidências acontecem e reconheceu a dificuldade de convencer quem já acredita na teoria. A Meta, controladora de Instagram, Facebook, Threads e WhatsApp, nega desde 2016 qualquer uso não consentido de microfones em seus aplicativos — posição reiterada em uma página de suporte do Facebook.
Para especialistas em privacidade digital, o modelo de negócios baseado em publicidade e os recursos avançados de segmentação podem reforçar a percepção de “escuta”. Relatório recente da BBC mostra que algoritmos de grandes plataformas combinam milhares de pontos de dados para antecipar interesses dos usuários, sem recorrer à gravação de áudio.
O debate reaparece em meio ao crescimento do Instagram, que atingiu 3 bilhões de usuários mensais em setembro. Para manter o ritmo, a Meta está redesenhando a barra de navegação, destacando Reels e mensagens diretas, movimentos que devem chegar a todos nos próximos meses.
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Crédito da imagem: Divulgação/Facebook
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