Tempestades, chuvas intensas e ar seco: INMET emite alertas para 23 estados brasileiros até sexta-feira

Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu uma série de avisos que abrangem grande parte do país entre esta quinta-feira e a manhã de sexta-feira, sinalizando risco de tempestades em nove estados, chuva intensa em outros dez e concentração de ar excepcionalmente seco no Nordeste.
- Quem emitiu os avisos
- O que está previsto
- Quando os fenômenos devem ocorrer
- Onde o alerta de tempestade é mais severo
- Limites de precipitação e velocidade do vento
- Possíveis impactos nas regiões sob tempestade
- Áreas com chuva intensa e risco moderado
- Baixa umidade no Nordeste
- Estados sem qualquer aviso
- Recomendações do INMET para cada tipo de alerta
- Listagem organizada das regiões sob alerta
- Importância da atualização constante
Quem emitiu os avisos
O órgão responsável pelas informações é o Instituto Nacional de Meteorologia, serviço oficial que monitora as condições atmosféricas em território brasileiro. Cabe ao INMET compilar dados, executar modelos de previsão e divulgar alertas sempre que identifica cenários potencialmente perigosos para a população.
O que está previsto
Foram publicados três tipos distintos de alerta:
• Tempestade – envolve chuva de até 100 mm em 24 h, rajadas de vento que podem atingir 100 km/h e possibilidade de granizo.
• Chuva intensa – prevê acumulados de até 50 mm no mesmo período, com ventos chegando a 60 km/h e risco estrutural reduzido.
• Baixa umidade relativa do ar – indica valores entre 20 % e 30 %, patamar comparável a clima desértico.
Quando os fenômenos devem ocorrer
Todos os avisos valem desde a manhã desta quinta-feira, 13, e têm validade inicial até a sexta-feira, 14. O intervalo cobre 24 horas críticas, período em que o INMET antecipa a maior concentração de eventos meteorológicos adversos.
Onde o alerta de tempestade é mais severo
As tempestades afetam principalmente as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nesses locais, o volume de chuva pode chegar ao limite máximo de 100 mm em apenas um dia. A combinação de precipitação volumosa, ventania forte e eventual granizo pode provocar corte de energia, queda de árvores, alagamentos urbanos e prejuízos em lavouras.
Dentro dos nove estados incluídos nessa categoria, o INMET detalha dezenas de sub-regiões. No Paraná, por exemplo, constam Norte Pioneiro, Noroeste, Centro-Sul, Sudoeste, Oeste, Centro Ocidental, Centro Oriental e a Região Metropolitana de Curitiba. Em São Paulo, aparecem áreas como Presidente Prudente, Araçatuba, Bauru, Marília, Araraquara, Ribeirão Preto, Piracicaba, Itapetininga, Assis, Campinas, Vale do Paraíba, Litoral Sul e Região Metropolitana da capital. No Mato Grosso do Sul, as notificações abrangem o Leste, o Centro-Norte, o Sudoeste, os Pantanais do sul e o Centro-Sul. Também figuram na lista o Sudeste de Mato Grosso, o Sul Goiano, o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba em Minas Gerais, o Sul Fluminense no Rio de Janeiro, além de porções do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, tais como Noroeste Rio-grandense, Nordeste Rio-grandense, Centro Oriental Rio-grandense, Grande Florianópolis, Norte Catarinense, Sul Catarinense, Vale do Itajaí e Oeste Catarinense.
Limites de precipitação e velocidade do vento
Nessas áreas de tempestade, a projeção de até 100 mm em 24 h representa mais que o dobro do patamar que costuma acionar alertas de atenção nas grandes cidades. Já as rajadas previstas podem chegar a 100 km/h, velocidade suficiente para danificar coberturas leves, derrubar postes e comprometer a rede elétrica.
Possíveis impactos nas regiões sob tempestade
O INMET cita explicitamente quatro consequências potenciais: interrupção no fornecimento de energia, danos em plantações, queda de árvores e alagamentos. A maior parte dos problemas decorre do excesso de água em curto espaço de tempo, que sobrecarrega sistemas de drenagem, e da força do vento, capaz de arrancar galhos e lançar detritos sobre a fiação.
Áreas com chuva intensa e risco moderado
Um segundo grupo reúne dez estados onde a condição é classificada como “chuva intensa”. Acre, Amazonas, Maranhão, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins e zonas pontuais de outros dois estados da Região Norte aparecem nesse quadro. Nesses locais, o acumulado diário pode alcançar 50 mm, com ventos de até 60 km/h. Apesar da intensidade menor, o INMET alerta para atenção redobrada em pontos sujeitos a enxurradas ou deslizamentos, ainda que o órgão considere baixo o risco de danos estruturais.
Entre as sub-regiões citadas destacam-se Vale do Acre, Centro Amazonense, Sudoeste, Norte e Sul do Amazonas, Vale do Juruá e Madeira-Guaporé. A descrição completa ajuda autoridades locais a planejar ações de defesa civil e orientar a população ribeirinha ou que reside em áreas suscetíveis a inundação.
Baixa umidade no Nordeste
Em paralelo aos avisos de chuva, o INMET mantém alerta de umidade relativa do ar entre 20 % e 30 % em extensas porções do Nordeste. Valores abaixo de 40 % já exigem cuidado, pois podem causar desconforto respiratório, ressecamento da pele e irritação nos olhos. As recomendações oficiais incluem hidratação constante, redução de atividades físicas nos horários mais secos e limitação da exposição direta ao sol nos períodos mais quentes do dia.
Os estados atingidos pela secura incluem Ceará, Bahia, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Maranhão. As áreas listadas englobam Sul Cearense, Sertões Cearenses, Centro-Sul Cearense, Jaguaribe, Norte e Noroeste Cearense; Vale São-Franciscano da Bahia e Nordeste Baiano; Sudeste, Centro-Norte e Sudoeste do Piauí; Sertão e São Francisco Pernambucano, além do Agreste do mesmo estado; Sertão Paraibano e Borborema; Oeste e Central Potiguar; Sertão Alagoano; Leste e Sul Maranhense e Norte Piauiense.
Estados sem qualquer aviso
Apenas três unidades da federação seguem fora de qualquer notificação: Distrito Federal, Espírito Santo e Sergipe. O fato não implica estabilidade climática prolongada, mas indica que, no período analisado, não se identificaram parâmetros críticos que justificassem alerta.
Recomendações do INMET para cada tipo de alerta
Tempestade
– Evitar abrigar-se debaixo de árvores durante rajadas.
– Desligar aparelhos elétricos em caso de queda de energia.
– Manter distância de torres de transmissão ou placas metálicas soltas.
Chuva intensa
– Observar sinais de deslizamento em encostas.
– Não trafegar em ruas alagadas.
Baixa umidade
– Priorizar ingestão de água ao longo do dia.
– Umidificar ambientes fechados sempre que possível.
– Evitar exercícios físicos nos horários de pico de calor.
Listagem organizada das regiões sob alerta
Tempestades (chuva até 100 mm e ventos até 100 km/h): Norte Pioneiro, Noroeste, Centro-Sul, Sudoeste, Oeste, Centro Ocidental, Centro Oriental, Metropolitana de Curitiba, Sudeste, Centro-Norte, Pantanais do Sul Mato-grossense, Leste e Sudoeste de Mato Grosso do Sul, Sudeste Mato-grossense, Norte Mato-grossense, Sul Goiano, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Sul Fluminense, Vale do Paraíba, Macro Metropolitana Paulista, Metropolitana de São Paulo, Litoral Sul Paulista, Grande Florianópolis, Norte Catarinense, Sul Catarinense, Vale do Itajaí, Oeste Catarinense, Noroeste, Nordeste e Centro Oriental Rio-grandense, além da Metropolitana de Porto Alegre.
Chuva intensa (até 50 mm e ventos de 60 km/h): Vale do Acre, Centro, Sul, Norte e Sudoeste do Amazonas, Vale do Juruá, Madeira-Guaporé, regiões selecionadas do Pará, Roraima, Rondônia, Maranhão, Amapá e Tocantins.
Baixa umidade (20 % – 30 %): Sul Cearense, Sertões Cearenses, Centro-Sul Cearense, Jaguaribe, Norte e Noroeste Cearense, Vale São-Franciscano da Bahia, Nordeste Baiano, Sudeste, Centro-Norte e Sudoeste Piauiense, Norte Piauiense, Sertão e São Francisco Pernambucano, Agreste Pernambucano, Sertão Paraibano, Borborema, Oeste e Central Potiguar, Sertão Alagoano, Leste e Sul Maranhense.
Importância da atualização constante
Os avisos emitidos pelo INMET são dinâmicos. Durante a vigência de qualquer alerta, o órgão costuma revisar modelos numéricos e imagens de satélite em ciclos de poucas horas. Caso a intensidade das formações se altere, novos comunicados podem ser distribuídos, aumentando ou reduzindo o nível de risco em cada localidade.
Para a população das áreas sinalizadas, acompanhar boletins meteorológicos oficiais e seguir orientações da defesa civil local são medidas essenciais para mitigar transtornos enquanto durarem as condições adversas previstas para este período.

Conteúdo Relacionado