Globo inaugura era de novelas verticais com “Tudo por uma segunda chance”

Globo inaugura era de novelas verticais com “Tudo por uma segunda chance”

Lead – quem, o quê, quando, onde e por quê

Os Estúdios Globo iniciaram, nesta terça-feira, 25 de novembro de 2025, a distribuição de “Tudo por uma segunda chance”, primeira novela produzida integralmente no formato vertical pela emissora. A trama, protagonizada por Lucas, Paula e pela antagonista Soraia – papel da influenciadora e atriz Jade Picon – foi lançada simultaneamente no YouTube, TikTok, Instagram, Facebook e Globoplay. O projeto inaugura uma frente de conteúdo concebida para dispositivos móveis e se apoia na alta popularidade dos vídeos na orientação 9:16 para disputar audiência além da TV aberta.

Índice

O que é uma novela vertical e por que a Globo decidiu investir

Novelas verticais, também chamadas de microdramas, são produções seriadas filmadas e finalizadas no enquadramento vertical, o mesmo usado em smartphones. O formato ganhou força na Ásia, sobretudo na China, e se consolidou como um segmento multimilionário do entretenimento digital. A consultoria Media Partners Asia calcula que, excluindo o mercado chinês, o segmento movimentou US$ 1,4 bilhão – aproximadamente R$ 7,5 bilhões ao câmbio considerado na pesquisa – e projeta que o faturamento mais do que dobrará até 2030. Diante desse cenário, a Globo busca posicionar‐se de forma competitiva em um espaço dominado por plataformas de vídeo sociais, onde públicos mais jovens consomem narrativas curtas em sequência.

Detalhes da produção estreante

“Tudo por uma segunda chance” segue o modelo clássico das novelas da emissora, centrando‐se em um triângulo amoroso. Os personagens principais, Lucas e Paula, enfrentam os obstáculos impostos pela antagonista Soraia. Embora o enredo repita a estrutura dramática tradicional, a direção optou por episódios curtos, concebidos para encaixar‐se nos hábitos de consumo mobile. Cada capítulo é filmado em enquadramento vertical nativo, evitando cortes laterais ou adaptações posteriores, prática comum quando conteúdos horizontais são convertidos para redes sociais.

Jade Picon, nome conhecido do público jovem, ocupa posição estratégica na divulgação. A escolha de atores com forte presença digital faz parte do plano de atrair grande volume de visualizações orgânicas e compartilhamentos espontâneos, componentes cruciais para o algoritmo das plataformas em que a novela é exibida.

Plataformas escolhidas e público-alvo

A Globo disponibilizou a novela nas principais redes que dominam o consumo de vídeo vertical: o canal próprio da emissora no YouTube, os perfis oficiais no TikTok, no Instagram e no Facebook, além do catálogo do Globoplay. A presença multiplataforma amplia o alcance e permite testar desempenho de audiência e engajamento em diferentes ambientes. Os episódios foram editados para atender às especificações de cada serviço, incluindo limite de duração e recursos interativos nativos, como stickers, comentários em tempo real e playlists sequenciais.

Sob o ponto de vista demográfico, o foco recai sobre faixas etárias que adotam o celular como tela principal. Pesquisas relatadas na mesma base informativa indicam que, em 2024, mais de 20 % dos jovens usuários do TikTok procuravam a plataforma com intenções educacionais, sinalizando abertura a narrativas de maior densidade. Ao mesmo tempo, o estudo da Hostgator citado no conteúdo original mostrou que 75 % dos entrevistados acreditam ser possível sustentar-se financeiramente com os ganhos da rede social chinesa, reforçando o poder de atração econômica desse ecossistema.

Expansão do formato no mercado global

O sucesso asiático dos microdramas criou um precedente que estimula empresas de mídia tradicionais a diversificar formatos. Modelos de monetização variam entre publicidade nativa, parcerias de marca e sistemas de gorjeta. Fora da China, as receitas consolidadas já ultrapassam a marca de US$ 1,4 bilhão. A projeção de dobrar esse valor até o fim da década sustenta o investimento da Globo, que tenta integrar práticas de produção televisiva à lógica de consumo sob demanda e em telas verticais.

As próprias plataformas impulsionam a tendência. Dados da Similarweb apontaram que, em agosto do ano corrente, o TikTok alcançou mais de 180 milhões de usuários, superando números atribuídos a Instagram e Facebook no período avaliado. Mundialmente, a base ativa do aplicativo ultrapassou 1,5 bilhão de contas, consolidando‐se como vitrine privilegiada para estreias de conteúdo. Apesar da expansão, o serviço implementou ferramentas de controle de tempo para mitigar preocupações sobre uso excessivo, o que reforça a necessidade de conteúdos objetivos e de curta duração.

Projetos já anunciados para os próximos meses

O cronograma da emissora inclui novos lançamentos. Em 12 de dezembro, o Globoplay receberá “Cinderela e o segredo do pobre milionário”, protagonizado pelo cantor sertanejo Gustavo Mioto. A obra segue o mesmo formato vertical, reforçando a estratégia de cadência contínua. Tal prática visa manter a audiência engajada e criar expectativa seriada semelhante à grade televisiva tradicional.

Dados que sustentam a estratégia

Os indicadores de mercado fornecidos no texto base dão suporte à decisão de investir em conteúdo vertical:

• 180 milhões de usuários no TikTok em agosto, número superior a concorrentes diretos;

• 1,5 bilhão de usuários globalmente na mesma rede social;

• 20 % dos jovens pesquisados que recorrem à plataforma para fins de estudo;

• 75 % dos criadores entrevistados que consideram possível viver com a renda gerada dentro do aplicativo.

Esses dados indicam alta penetração e potencial de monetização, dois fatores que pesam nas decisões corporativas envolvendo dramaturgia digital.

Planos de longo prazo da emissora

Além das produções já datadas, a Globo planeja dez novos títulos verticais para 2026. O pacote inclui aquisições internacionais e minisséries compostas por recortes de cenas icônicas de novelas consagradas, reeditadas para o formato 9:16. O movimento sinaliza intenção de construir catálogo robusto que conviva em paralelo à programação linear da TV e ao conteúdo original do Globoplay.

A reedição de telenovelas clássicas atende tanto ao público nostálgico como aos espectadores que nunca acompanharam as histórias na íntegra. Ao converter momentos marcantes para episódios curtos, a emissora utiliza o acervo existente e reduz custos de produção, ao mesmo tempo em que testa novos públicos para personagens já conhecidos.

Conclusão factual da etapa atual

Com “Tudo por uma segunda chance”, a Globo entra oficialmente na disputa de conteúdos verticais, alavancando nomes populares como Jade Picon e distribuindo a trama em múltiplas plataformas sociais. O investimento conecta-se ao crescimento global dos microdramas, aos números expressivos de uso do TikTok e à expectativa de expansão de receita do segmento. Além do título inaugural, novas histórias já têm data de estreia e um plano mais amplo prevê pelo menos dez lançamentos adicionais até 2026, consolidando o formato dentro da estratégia de mídia digital da emissora.

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