Final da 4ª temporada de The Witcher: como Ciri, Geralt e Yennefer chegam ao ponto de ruptura

Alerta de spoilers: este texto detalha acontecimentos decisivos da quarta temporada de The Witcher e descreve o status de cada protagonista ao final dos novos episódios.
- Quem, o quê, quando, onde e por quê
- Ciri assume o nome Falka e abraça um caminho de risco
- Geralt de Rívia tenta resgatar Ciri e ganha um título inesperado
- Yennefer equilibra ambição, magia e reconstrução
- Temas de poder, identidade e legado marcam a temporada
- Liberdades criativas em relação às obras literárias
- Pontos em aberto para a quinta temporada
Quem, o quê, quando, onde e por quê
A quarta temporada da série de fantasia da Netflix leva Geralt de Rívia, Ciri de Cintra e Yennefer de Vengerberg a destinos separados e sombrios. Lançada mundialmente pelo serviço de streaming, a nova leva de capítulos introduz Liam Hemsworth no papel do bruxo, aprofunda o conflito militar contra Nilfgaard e expande a lenda em torno do Sangue Antigo. Ao fim da temporada, Ciri encontra-se prisioneira, Geralt é transformado em cavaleiro pela Rainha Meve e Yennefer parte em missão para reconstruir a ordem das feiticeiras. As decisões de cada um criam tensões inéditas que impulsionam a narrativa para um futuro incerto.
Ciri assume o nome Falka e abraça um caminho de risco
O arco de Cirilla se desloca radicalmente quando a jovem herdeira passa a ser chamada de Falka, referência a uma figura lendária temida no Continente. De acordo com o folclore apresentado pela série, Falka está associada à ruína e a uma antiga profecia que prevê o fim do mundo. Ao apropriar-se desse nome, Ciri tenta esconder sua identidade real e fugir do destino que pesa sobre o Sangue Antigo, mas também se expõe à carga destrutiva que a lenda carrega.
No percurso, Ciri alia-se aos Rats, grupo de jovens ladrões que vive à margem da lei. A convivência com os novos companheiros oferece a ela um ambiente sem hierarquias nobres, onde decisões coletivas substituem tradições reais. Entretanto, a aparente liberdade dura pouco. A rede de informantes que procura a herdeira de Cintra permanece ativa, e o grupo acaba emboscado por forças interessadas na captura da garota.
O assassino Leo Bonhart surge contratado para eliminar os Rats. Em sequência descrita como a mais brutal da temporada, ele executa os membros da quadrilha e captura Ciri. A temporada encerra-se com a jovem presa, sem garantia de resgate imediato. Ao mesmo tempo, seu paradeiro continua sendo disputado por Nilfgaard e pelos reinos do Norte, preservando o ciclo de perseguição iniciado ainda no primeiro ano da série.
Geralt de Rívia tenta resgatar Ciri e ganha um título inesperado
A saída de Henry Cavill e a chegada de Liam Hemsworth representa mudança relevante, mas o roteiro mantém Geralt focado em proteger a garota que considera filha. Separado de Ciri, o bruxo percorre o Continente em busca de pistas, enquanto a guerra contra Nilfgaard produz novas frentes de batalha. Nessa peregrinação, ele conta com aliados como Milva, Regis e Zoltan, cada um contribuindo para enfrentar monstros ou forças militares.
O ponto culminante do percurso acontece quando Geralt participa da defesa dos reinos setentrionais ao lado da Rainha Meve. Após demonstrar coragem e habilidade contra o avanço nilfgaardiano, ele é condecorado cavaleiro e passa a ser chamado de Sir Geralt de Rívia. O gesto de reconhecimento político, ausente de grande destaque nos livros originais, recebe ênfase na série e cria uma nova camada de conflito: o status de cavaleiro impõe deveres formais que podem colidir com a urgência de salvar Ciri, sobretudo se a recém-nomeada Falka vier a confrontar Rívia no futuro.
Com seus poderes de bruxo intactos, Geralt encerra a temporada dividido entre dois juramentos: a lealdade institucional à rainha que o honrou e o vínculo afetivo com a herdeira em perigo. Esse impasse moral sustenta um gancho direto para os próximos episódios.
Yennefer equilibra ambição, magia e reconstrução
Entre rastros de destruição deixados pelo mago Vilgefortz, Yennefer dedica-se a restaurar a aliança das feiticeiras. Enquanto discute o uso responsável do poder mágico, ela também enfrenta pressões políticas para que as mulheres que dominam feitiços voltem a ocupar posição de influência no Continente. A temporada mostra a personagem em processo de amadurecimento: a ambição pessoal que antes a guiava divide espaço com preocupações coletivas e empatia pelas vítimas do conflito.
No episódio final, Yennefer utiliza um portal para iniciar nova missão ligada à reconstrução da Irmandade. O roteiro não especifica o destino preciso, apenas indica que seus passos seguintes podem cruzar novamente os caminhos de Geralt e Ciri. Ao deixar a tela, ela leva consigo a promessa de que a frente mágica da trama continuará relevante e conectada às disputas políticas que moldam o planeta fictício.
Temas de poder, identidade e legado marcam a temporada
A narrativa costura três grandes eixos temáticos. O primeiro é o poder, retratado na guerra contra Nilfgaard, na ascensão dos Rats e na tentativa de Yennefer de reorganizar as feiticeiras. O segundo é a identidade, explorada de forma mais explícita em Ciri, que recorre a um codinome para escapar de seu passado, mas corre o risco de perder a própria essência nesse processo. O terceiro eixo é o legado, simbolizado pela profecia associada ao Sangue Antigo, pelo título cavaleiresco concedido a Geralt e pela reconstrução de instituições mágicas conduzida por Yennefer. Conforme a temporada avança, esses temas interagem e reforçam a ideia de que cada escolha individual repercute no destino coletivo.
Liberdades criativas em relação às obras literárias
A adaptação televisiva faz ajustes perceptíveis na linha do tempo concebida por Andrzej Sapkowski. O aparecimento dos Rats e de Leo Bonhart ocorre de forma antecipada, condensando eventos que, nos livros, surgem mais adiante. A promoção de Geralt a cavaleiro, por sua vez, ganha ênfase visual e simbólica maior do que a concedida pelo material original. Além disso, o roteiro amplia a separação física e emocional entre Geralt, Ciri e Yennefer, destacando o isolamento de cada trama individual antes de qualquer reencontro.
Tais mudanças aproximam a quarta temporada de um arco de transição. Ao mesmo tempo em que fecha pendências da batalha contra Nilfgaard, a produção sinaliza que o clímax geral ainda virá – possivelmente na já confirmada quinta temporada, anunciada como conclusão da saga iniciada em 2019.
Pontos em aberto para a quinta temporada
Ao final dos novos episódios, três frentes permanecem sem resolução:
Ciri prisioneira: detida por Leo Bonhart após o massacre dos Rats, ela continua alvo tanto do império nilfgaardiano quanto dos reinos do Norte, que veem na jovem uma peça decisiva na guerra e na profecia do fim do mundo.
Geralt dividido: a nomeação como cavaleiro de Rívia amarra o bruxo a deveres formais, enquanto seu instinto paternal demanda ações imediatas para resgatar Ciri. A colisão entre honra e afeto promete testar o personagem em um nível inédito.
Yennefer em missão: o trabalho de restaurar a Irmandade das feiticeiras coloca a maga diante de desafios políticos e mágicos, além de preparar terreno para sua eventual participação na luta contra o destino profetizado pelo Sangue Antigo.
Essas vertentes garantem continuidade dramática: reencontros, ajustes de contas e o possível cumprimento da antiga profecia permanecem no horizonte, reafirmando que o universo de The Witcher ainda reserva conflitos centrais antes de qualquer encerramento.

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