Filme de Bolsonaro enfrenta disputa com Beyoncé por uso não autorizado da música Survivor

Filme de Bolsonaro enfrenta disputa com Beyoncé por uso não autorizado da música Survivor

O filme de Bolsonaro intitulado “Dark Horse” tornou-se alvo de uma disputa jurídica antes mesmo de definir data de estreia. O motivo central é a utilização, no teaser promocional, de uma versão alternativa de “Survivor”, canção gravada pelo grupo Destiny’s Child, onde Beyoncé iniciou sua carreira. Segundo representantes da artista no Brasil, o trecho foi inserido sem qualquer autorização legal, e medidas já estão em andamento para retirar o vídeo das plataformas em que foi publicado.

Índice

Contexto do filme de Bolsonaro Dark Horse

“Dark Horse” é um longa-metragem de ficção biográfica estrelado pelo ator norte-americano Jim Caviezel. O enredo propõe reconstruir a trajetória de Jair Messias Bolsonaro, desde sua condição de político considerado azarão até a eleição para a Presidência da República em 2018. A produção também inclui a tentativa de assassinato sofrida pelo então candidato durante a campanha eleitoral, destacando-a como ponto decisivo para a narrativa de superação que sustenta o roteiro.

Apesar de ainda não ter anunciado distribuidora, janela de lançamento ou classificação indicativa, o projeto já circula entre possíveis investidores e veículos de imprensa especializados. A divulgação inicial concentrou-se em um teaser que combina cenas dramatizadas com imagens de bastidores, recurso que visa demonstrar tanto o alcance da produção quanto a proximidade com fatos históricos recentes.

Uso de Survivor no teaser do filme de Bolsonaro

O ponto crítico da nova controvérsia reside na trilha sonora do teaser. A peça publicitária apresenta uma versão alternativa – não especificada se remix ou regravação – de “Survivor”. A faixa, lançada originalmente em 2001, alcançou posição de destaque nas paradas internacionais e tornou-se uma das músicas mais representativas do Destiny’s Child. No vídeo, o refrão é sincronizado a imagens que pretendem enfatizar a ideia de resiliência associada a Bolsonaro, reforçando o slogan de que o personagem central teria “sobrevivido” a adversidades para conquistar o Planalto.

A inclusão do material musical, porém, não passou por licenciamento formal junto aos titulares dos direitos autorais. A ausência de autorização fere práticas padrão da indústria audiovisual, que exige negociação prévia com compositores, gravadora e administradores de publishing para qualquer uso público de obras protegidas. Mesmo versões cover, arranjos derivados ou trechos de curta duração precisam de liberação quando inseridos em conteúdo promocional.

Reação de Beyoncé e providências legais

No Brasil, as demandas relativas a Beyoncé e ao catálogo do Destiny’s Child são encaminhadas por representantes ligados à iniciativa filantrópica BeyGOOD. Após o teaser viralizar, integrantes dessa equipe informaram que foram notificados por usuários nas redes sociais sobre o possível uso irregular da música. Assim que a suspeita foi confirmada, advogados iniciaram os procedimentos para exigir a remoção imediata do conteúdo.

De acordo com o procedimento padrão em casos dessa natureza, primeiro é expedida uma notificação extrajudicial à produtora do filme, solicitando a retirada voluntária do vídeo. Caso a solicitação não seja atendida, os advogados podem acionar a Justiça para requerer tutela de urgência, o que obrigaria plataformas digitais a bloquear o material. Além disso, os titulares de direitos podem pleitear indenização por uso não autorizado, valores que variam conforme a repercussão, alcance de público e dano patrimonial ou moral avaliado.

Histórico da música Survivor e sua ligação com Beyoncé

“Survivor” foi composta por Beyoncé Knowles, Anthony Dent e Mathew Knowles. Lançada como faixa-título do terceiro álbum de estúdio do Destiny’s Child, alcançou o primeiro lugar em tabelas musicais de vários países, consolidando a transição do grupo de quarteto para trio. O sucesso mundial rendeu prêmios e certificações de vendas, tornando a canção um ativo valioso do catálogo da artista.

Além da relevância comercial, a letra ganhou conotação simbólica ao falar de resistência a adversidades, o que explica o interesse da equipe de “Dark Horse” em integrá-la ao teaser. No entanto, justamente por ser tão reconhecida, qualquer uso sem consentimento é facilmente identificado por fãs e monitorado por representantes legais. O histórico de proteção rigorosa do repertório de Beyoncé reforça a rapidez com que a questão foi encaminhada para esfera jurídica.

Outras controvérsias envolvendo o filme de Bolsonaro

O filme de Bolsonaro não estreou, mas já enfrenta problemas além do conflito musical. Denúncias de integrantes de equipe técnica e figurantes apontam suposto descumprimento de convenções coletivas de trabalho, exigindo que profissionais custeiem transporte até locações. Há também relatos de fornecimento de alimentação fora do prazo de validade a contratados de figuração, situação que, se confirmada, viola normas sanitárias e de segurança do trabalho.

Outro episódio relatado envolve agressão física. Um figurante afirma ter sido atacado por seguranças do set ao tentar entrar na área de gravação portando o próprio aparelho celular. Segundo o relato, embora o uso de dispositivos eletrônicos seja proibido, a produção não disponibilizaria espaço adequado para guarda de objetos pessoais, aumentando o risco de extravio e gerando tensão entre colaboradores e equipe de segurança.

Até o momento, não há registros de manifestações públicas da produtora sobre essas alegações. Caso sejam formalizadas, as denúncias podem resultar em fiscalizações de entidades sindicais e órgãos de inspeção trabalhista, somando-se à disputa sobre direitos autorais que já se desenrola.

Próximos passos para o lançamento e situação do teaser

Como o teaser caracteriza material promocional, a retirada ou bloqueio determinado judicialmente pode obrigar a equipe de “Dark Horse” a reformular toda a estratégia de divulgação. Produzir uma nova peça audiovisual demanda custos adicionais, renegociação de prazos com potenciais distribuidores e ajustes em calendário de marketing junto a investidores.

Além disso, a ausência de data oficial de estreia indica que o cronograma de produção ainda pode ser revisto. Caso as acusações trabalhistas avancem ou se confirme a necessidade de indenização por direitos autorais, o orçamento total do projeto pode sofrer impacto relevante. Enquanto não houver definição legal, o filme de Bolsonaro permanece sem previsão de lançamento, e o público interessado deve aguardar atualizações oficiais sobre a substituição da trilha ou a eventual liberação de novo trailer.

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