Fase Crescente domina o céu em 2 de dezembro de 2025; veja o calendário lunar completo do mês

São Paulo — Nesta terça-feira, 2 de dezembro de 2025, o céu noturno é marcado pela fase Crescente da Lua. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 88 % da superfície lunar visível a partir da Terra encontra-se iluminada, e restam apenas dois dias para que o satélite atinja a fase Cheia. A proximidade desse ponto máximo de luminosidade torna o astro particularmente chamativo no horizonte e antecipa um pico de claridade que ocorrerá ao anoitecer do dia 4.

O que significa a fase Crescente

A fase Crescente sucede a Lua Nova e antecede a Lua Cheia. Nessa etapa, o lado iluminado pelo Sol cresce gradualmente noite após noite. A transição começa com um tênue arco de luz — momento popularmente chamado de “unha” — e evolui até que aproximadamente metade do disco fique visível, estágio conhecido como Quarto Crescente. Após essa marca, a área iluminada continua a aumentar, caracterizando o período denominado giboso crescente, até que a iluminação atinja 100 % na Lua Cheia.

Hoje, o percentual de 88 % indica que a Lua já ultrapassou o Quarto Crescente e se dirige rapidamente para a sua face totalmente iluminada. Essa condição favorece observações a olho nu, pois o contraste entre a região clara e as crateras se torna mais evidente, oferecendo detalhes que se dissipam na fase Cheia, quando a luz incidente é homogênea.

Calendário das fases da Lua em dezembro de 2025

Segundo o cronograma divulgado pelo Inmet, o ciclo lunar de dezembro conta com quatro transições principais, cada qual com data e horário específicos no fuso de Brasília:

• Lua Cheia: 4 de dezembro, às 20h14
• Lua Minguante: 11 de dezembro, às 17h51
• Lua Nova: 19 de dezembro, às 22h43
• Lua Crescente: 27 de dezembro, às 16h09

Esses marcos se distribuem ao longo de aproximadamente 29,5 dias, duração média de uma lunação — intervalo compreendido entre duas Luas Novas consecutivas. Embora o valor de 29 dias e meio represente a média, cada ciclo pode variar levemente por fatores orbitais.

Como ocorre o ciclo lunar completo

O movimento de translação da Lua ao redor da Terra, associado à iluminação fornecida pelo Sol, origina as quatro fases principais e as chamadas interfases. Durante a Lua Nova, o satélite posiciona-se entre a Terra e o Sol. Dessa forma, o hemisfério iluminado fica voltado para o astro-rei, enquanto o lado escuro permanece direcionado ao nosso planeta; por isso, praticamente não há visibilidade noturna.

Na sequência, surge a fase Crescente. Conforme a Lua avança em sua órbita, o ângulo entre Sol, Lua e observador terrestre passa a revelar porções crescentes do hemisfério luminoso. O primeiro destaque dentro dessa etapa é o Quarto Crescente, quando metade do disco se mostra clara. O processo prossegue até chegar ao ápice, a Lua Cheia, quando Terra e Sol ficam em lados opostos, com a Lua ao centro. Nessa configuração, o hemisfério iluminado volta-se totalmente para a Terra, tornando o satélite integralmente visível.

Após o auge, inicia-se a perda gradual de luminosidade. O período giboso minguante introduz a diminuição da área iluminada, que continua até o Quarto Minguante, estágio em que apenas metade do disco permanece clara — inverso do Quarto Crescente. À medida que a órbita avança, a luz se reduz até a fase Nova, reiniciando o ciclo.

Interfases: detalhes entre os quatro marcos principais

Além das quatro etapas clássicas, o mês de dezembro contempla períodos intermediários que ocupam os intervalos de transição. Entre a Lua Nova e a Cheia, ocorrem o Quarto Crescente e a fase gibosa crescente. Já entre a Cheia e a Nova, manifestam-se a gibosa minguante e o Quarto Minguante. Cada uma dessas fases dura cerca de sete dias, refletindo o ritmo constante do movimento orbital.

O conhecimento das interfases oferece valor adicional para observadores e planejadores de atividades noturnas, pois a quantidade de luz refletida pela Lua influencia não apenas a visibilidade do céu, mas também práticas agrícolas, culturais e científicas que dependem de luminosidade específica.

Relações entre Terra, Lua e Sol durante cada fase

O padrão cíclico é resultado direto das variações angulares entre os três corpos celestes:

• Lua Nova: alinhamento Sol–Lua–Terra.
• Quarto Crescente: ângulo aproximado de 90° entre Terra, Lua e Sol, revelando metade iluminada.
• Lua Cheia: alinhamento Sol–Terra–Lua.
• Quarto Minguante: novo ângulo de 90°, porém com a metade oposta do disco iluminada.

Essas geometrias determinam o volume de luz solar que alcança a face visível da Lua. Embora o ciclo seja regular, pequenas variações na órbita elíptica podem alterar levemente a duração de cada fase e o instante exato dos alinhamentos.

Impacto visual da fase Crescente de 2 de dezembro

Com 88 % de iluminação, a Lua apresenta-se no estágio final da Crescente, tecnicamente denominado giboso crescente. Nesse ponto, a luminosidade é suficiente para ofuscar parte do céu estrelado, mas ainda permite a distinção de crateras e mares lunares a partir de equipamentos amadores. A proximidade de apenas dois dias para a fase Cheia antecipa um ganho de brilho que culminará na noite de 4 de dezembro, quando o disco ficará completamente iluminado ao nascer no Leste, enquanto o Sol se põe no Oeste.

Próximas transições e expectativas para dezembro

Após a Lua Cheia do dia 4, o calendário aponta sete dias até o Quarto Minguante, que ocorre em 11 de dezembro às 17h51. Durante esse intervalo, a luminosidade começará a cair, oferecendo condições favoráveis para a observação de objetos de céu profundo, como galáxias e nebulosas, já que o clarão lunar se torna menos intenso a cada noite.

Em 19 de dezembro, às 22h43, a fase Nova marca o reinício do ciclo. Embora invisível durante a noite, esse momento é frequentemente escolhido para observações astronômicas de baixa luminosidade, pois a ausência de reflexo lunar proporciona o céu mais escuro do mês. O retorno da fase Crescente acontecerá em 27 de dezembro, às 16h09, reiniciando o crescimento da iluminação e fechando a contagem das quatro etapas principais de dezembro de 2025.

Lunação: duração e variações possíveis

A média de 29,5 dias para a lunação baseia-se em cálculos do período sinódico, que considera o movimento relativo entre Terra e Lua em relação ao Sol. Contudo, fatores como excentricidade da órbita lunar e inclinação orbital introduzem pequenas oscilações. Assim, ciclos podem durar algumas horas a mais ou a menos, sem alterar significativamente o calendário civil, mas exigindo ajustes nos horários exatos divulgados por instituições oficiais como o Inmet.

Referência temporal para planejamento de atividades

O conhecimento das fases não tem relevância apenas para astrônomos. Agricultores, pescadores, navegadores e fotógrafos recorrem a esses dados para organizar rotinas. O auge da iluminação na Lua Cheia, por exemplo, estende a claridade noturna em ambientes rurais, enquanto o período próximo à Lua Nova favorece a observação de espécies que evitam luz intensa.

Resumo cronológico de dezembro de 2025

• 2 de dezembro: Lua Crescente (88 % iluminada).
• 4 de dezembro, 20h14: Lua Cheia.
• 11 de dezembro, 17h51: Lua Minguante.
• 19 de dezembro, 22h43: Lua Nova.
• 27 de dezembro, 16h09: Lua Crescente.

Com esses marcos definidos, observadores podem acompanhar o progresso do satélite ao longo do mês e identificar o melhor momento para atividades que dependem da intensidade da luz lunar. A variação constante, embora previsível, reforça a importância de consultar horários oficiais sempre que for necessária precisão de minutos ou segundos.