DJI Neo 2 chega ao mercado com sensor LiDAR frontal, filmagem 4K a 100 FPS e novas opções de voo

Lead – o essencial em foco
A DJI apresentou o DJI Neo 2, drone ultracompacto de 151 g que une sensor LiDAR frontal, gravação em 4K a até 100 quadros por segundo e autonomia de voo de 19 minutos. O equipamento, revelado mundialmente em 13 de novembro de 2025, representa a segunda geração da linha e chega primeiro a mercados da Ásia, do Brasil, do Canadá e da Europa, mirando criadores de conteúdo e entusiastas que buscam capturar imagens com agilidade e maior segurança.
- Apresentação global e posicionamento no mercado
- Construção leve e recursos de segurança aprimorados
- Opções de controle e experiência de uso
- Câmera reformulada e qualidade de imagem
- Modos inteligentes de voo
- Autonomia de voo e alcance de transmissão
- Configurações disponíveis e preço internacional
- A evolução em relação à primeira geração
- Perspectivas de adoção nos primeiros mercados
Apresentação global e posicionamento no mercado
Anunciado poucas semanas depois do lançamento inicial na China, o Neo 2 inaugura a fase internacional da série, tornando-se o modelo mais compacto da fabricante chinesa em distribuição global. A DJI destina o produto tanto a quem inicia no pilotagem de drones quanto a usuários experientes que necessitam de um dispositivo leve, portátil e capaz de voar em locais restritos. A estratégia de colocar o Brasil entre os primeiros países a receber o equipamento reforça a relevância do mercado nacional de drones recreativos e semiprofissionais.
Ao manter o peso em 151 g, a empresa reduz barreiras regulatórias em diversas regiões, pois muitos órgãos de aviação civil adotam limites de massa para dispensar cadastro ou licenças específicas. Esse detalhe amplia o público-alvo e facilita a utilização em cenários como viagens, produções independentes e captação de imagens em ambientes fechados.
Construção leve e recursos de segurança aprimorados
O destaque estrutural do Neo 2 é o sensor LiDAR frontal, ausente na primeira geração. A tecnologia projeta feixes de luz e mede o tempo que eles levam para retornar, criando um mapa de profundidade em tempo real. Combinado a sensores ópticos e infravermelhos, o LiDAR permite detectar e contornar obstáculos com maior precisão, algo crucial para voos internos ou em áreas densas, onde o risco de colisão cresce.
A incorporação desses sensores também melhora a estabilidade de voo. Mesmo em espaços fechados, onde o sinal de GPS pode falhar, o drone utiliza as informações de profundidade para manter posição estática, fundamental para capturas em longa exposição ou tomadas cinematográficas lentas.
Opções de controle e experiência de uso
Para democratizar a pilotagem, a DJI incluiu múltiplas formas de controle:
• Gestos: comandos manuais permitem decolagem, pouso e captura de foto ou vídeo sem necessidade de controle físico.
• Voz: palavras-chave executam ações básicas, útil quando o usuário manipula outros equipamentos simultaneamente.
• Aplicativo: o app oficial replica a interface de controladores e adiciona parâmetros finos de câmera.
• Controladores convencionais e FPV: oferecem sticks físicos para manobras precisas e opcionais de imersão.
Outra conveniência é a capacidade de decolar e pousar na palma da mão, recurso que dispensa superfície plana e agiliza operações em campo. Esse conjunto de facilidades reforça o apelo do modelo para vloggers, fotógrafos de viagem e criadores que trabalham sozinhos.
Câmera reformulada e qualidade de imagem
O Neo 2 herda o sensor CMOS de 1/2 polegada com 12 MP do antecessor, porém a DJI substituiu a montagem de eixo único por um gimbal de dois eixos. Essa alteração reduz trepidações laterais e verticais, produzindo vídeos mais suaves. A empresa fixou a taxa de bits em 80 Mb/s, valor que amplia o detalhamento e a latitude de cor, especialmente em cenas complexas, como folhagens ou movimentos rápidos.
Nos modos específicos, a câmera filma em 4K até 100 FPS, proporcionando margens para slow motion suave sem perda significativa de resolução. Na fotografia, a combinação de 12 MP e estabilização mecânica permite capturar imagens fixas nítidas mesmo sob pouca luz.
O drone traz ainda display frontal, útil para verificar enquadramento quando o piloto grava a si mesmo, e gravação de áudio com redução de ruídos, recurso raro em drones nessa faixa de peso. O armazenamento interno de 49 GB diminui a dependência de cartões microSD, garantindo margem para gravações emergenciais.
Modos inteligentes de voo
Entre as funções automatizadas, o ActiveTrack recebeu ajuste de velocidade de rastreamento e cobertura em mais direções, mantendo o alvo centralizado mesmo que ele se mova lateralmente ou em diagonal. Esse avanço atende esportistas, ciclistas e criadores que necessitam de acompanhamento dinâmico sem operar o controle constantemente.
Para quem está começando, o SelfieShot simplifica registros pessoais. O modo calibra distância, ângulo de câmera e duração da tomada, reduzindo erros comuns de enquadramento. Somada à decolagem na palma da mão, a função transforma o drone em extensão prática de um braço selfie estendido a dezenas de metros de altitude.
Autonomia de voo e alcance de transmissão
O conjunto de bateria do Neo 2 garante 19 minutos de autonomia, avanço discreto em relação à geração anterior, suficiente para percorrer diferentes ângulos de um mesmo cenário antes de exigir reposição de carga. O tempo favorece voos curtos e repetidos, característica frequente em produções de conteúdo.
No controle via smartphone, o alcance chega a 500 metros. Usuários que necessitam de distâncias maiores podem acoplar um módulo adaptador de comunicação, que estende a cobertura para 10 quilômetros. Essa flexibilidade atende desde captações urbanas, onde a linha de visada costuma ser limitada, até registros em ambientes abertos, como praias ou áreas rurais.
Configurações disponíveis e preço internacional
Para atender perfis distintos, a DJI comercializa o Neo 2 em duas edições principais:
• Standard: inclui apenas a aeronave, voltada a quem já possui controlador compatível.
• Fly More Combo: oferece opções sem controle, com o DJI Motion 3 e Googles N3 ou ainda versão sem tela, permitindo ao comprador escolher o pacote que melhor se encaixa em seus hábitos de voo.
No momento da apresentação, a empresa não divulgou o preço para o Brasil. Na Europa, o Neo 2 aparece por 239 euros, valor equivalente a aproximadamente R$ 1.474 em conversão direta, sem considerar tributos locais ou custos de importação. A diferença cambial e as taxas podem elevar o preço final quando o produto chegar oficialmente ao comércio brasileiro.
A evolução em relação à primeira geração
Comparado ao modelo original, o Neo 2 oferece três melhorias evidentes. Primeiro, o LiDAR frontal acrescenta uma camada de segurança inexistente anteriormente. Segundo, o gimbal de dois eixos eleva a qualidade de estabilização, requisito cada vez mais valorizado por produtores de vídeo. Terceiro, o pequeno incremento de autonomia expande o tempo disponível em cada voo, fator que pode evitar trocas de bateria em momentos críticos.
Além desses pontos, a presença de armazenamento interno ampliado e a gravação em 4K a 100 FPS demonstram a intenção da DJI de alinhar o produto às demandas de alta resolução e geração de conteúdo em câmera lenta, tendências fortes entre plataformas de vídeo curto e transmissões em 4K.
Perspectivas de adoção nos primeiros mercados
No Brasil, criadores digitais, produtores audiovisuais independentes e pilotos recreativos devem se beneficiar da leveza e das facilidades de controle do Neo 2. A possibilidade de pilotagem por gestos e voz reduz a curva de aprendizado, enquanto os novos sensores minimizam acidentes que poderiam comprometer equipamento e gravações.
Já no Canadá e em países europeus, onde regulamentações específicas focam segurança aérea, o pacote de detecção de obstáculos deve facilitar autorizações de voo em áreas urbanas, ampliando as aplicações comerciais do aparelho em inspeções, turismo e pequenas produções.
Combinando peso reduzido, recursos avançados de captura e um conjunto de segurança mais robusto, o DJI Neo 2 reforça a estratégia da fabricante de ocupar o segmento de drones ultracompactos sem abrir mão de funcionalidades presentes em modelos maiores. As melhorias sobre a geração anterior sugerem um ciclo de evolução centrado na proteção do voo e na qualidade de imagem, fatores decisivos para usuários que dependem de equipamentos confiáveis em múltiplos cenários.

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