Disney+ planeja liberar produção de vídeos com inteligência artificial para usuários, revela CEO

Disney+ planeja liberar produção de vídeos com inteligência artificial para usuários, revela CEO

Disney+ pretende incluir, pela primeira vez, recursos que permitam ao público criar, compartilhar e assistir a vídeos desenvolvidos com o auxílio de inteligência artificial. A informação foi confirmada pelo diretor-executivo da The Walt Disney Company, Bob Iger, durante a apresentação de resultados do quarto trimestre de 2025, ocasião em que ele descreveu a iniciativa como parte de uma estratégia para tornar a experiência do serviço de streaming mais interativa e imersiva.

Índice

Quem é o protagonista da decisão

A declaração partiu do próprio Bob Iger, responsável máximo pela gestão da Disney. Na condição de CEO, Iger conduz a visão corporativa que influencia todas as divisões da companhia, inclusive o segmento de streaming. A fala pública coloca o executivo como fonte oficial e responsável direto pela orientação que o Disney+ passará a seguir em relação ao uso de tecnologias generativas.

O que será disponibilizado na plataforma

De acordo com o pronunciamento, o Disney+ deverá incorporar ferramentas internas voltadas à criação de conteúdo em vídeo por meio de algoritmos de inteligência artificial. O foco descrito é favorecer produções de curta duração, geradas pelos próprios assinantes, que poderão também assistir e interagir com materiais produzidos por outros usuários.

Quando o plano foi revelado

A confirmação ocorreu na conferência que detalhou o desempenho financeiro do quarto trimestre de 2025. Esse contexto oficial confere caráter institucional ao anúncio, ainda que o calendário exato de implementação não tenha sido apresentado.

Onde a funcionalidade será aplicada

O local de adoção é o próprio Disney+, principal serviço de streaming da empresa. A ferramenta, se efetivada, estará disponível dentro do ecossistema da plataforma, sem indicação de migração para outros produtos da companhia.

Como o recurso deverá funcionar

Iger indicou que o modelo concebido envolve a oferta de instrumentos de criação diretamente na interface do Disney+. Usuários gerariam vídeos curtos com suporte da IA e, em seguida, publicariam o resultado para a comunidade da plataforma. Embora o executivo tenha destacado o caráter “muito mais envolvente” da experiência, não foram detalhados fluxos exatos de edição, opções de personalização nem eventuais limites de duração ou formato.

Por que a Disney aposta em conteúdo gerado pelo usuário

O argumento central apresentado pelo CEO é o potencial de engajamento. Ao permitir que fãs desenvolvam narrativas a partir de personagens e universos consagrados, a companhia espera ampliar a participação da audiência e fortalecer a relação emocional com as franquias. Segundo Iger, a combinação entre criatividade do usuário e propriedade intelectual da Disney poderia elevar o envolvimento em escala global.

Proteção de propriedade intelectual em pauta

Mesmo entusiasmado com a oportunidade, o comando da Disney reconheceu a necessidade de salvaguardas robustas. Iger mencionou a existência de “discussões produtivas” com empresas especializadas em inteligência artificial voltadas à proteção de direitos autorais. Essas conversas buscam estabelecer acordos e tecnologias capazes de impedir usos indevidos de marcas, personagens e enredos que compõem o portfólio da companhia.

Essa cautela se explica pela dinâmica das plataformas generativas: algoritmos podem criar novos materiais baseados em exemplos pré-existentes, muitas vezes ultrapassando controles tradicionais. Para evitar distorções, a Disney deverá adotar filtros, sistemas de verificação automática e políticas de moderação rígidas, embora tais mecanismos ainda não tenham sido especificados.

Ausência de cronograma e incertezas

Até o momento, não foi divulgado um roteiro detalhado de lançamento nem assegurado que as funcionalidades, de fato, se tornarão permanentes. A empresa limitou-se a reconhecer que qualquer solução precisará respeitar normas internas e legais, o que sugere um processo de desenvolvimento e testes antes da liberação para o público.

Expansão para experiências semelhantes a jogos

Na mesma apresentação a investidores, Iger citou a possibilidade de incorporar ao Disney+ conteúdos de natureza interativa, comparáveis a jogos eletrônicos. Essa linha de expansão está relacionada à parceria firmada com a Epic Games, estúdio responsável por Fortnite. As companhias já cooperam em iniciativas dentro do próprio Fortnite, que no passado recebeu temporadas temáticas de Star Wars, aparições de personagens da Marvel e, mais recentemente, um arco ambientado no universo de Os Simpsons.

Embora o executivo não tenha detalhado formatos nem datas, a observação sinaliza que futuras integrações podem levar mini-games ou experiências gamificadas à plataforma de streaming, ampliando o escopo além dos vídeos tradicionais.

Contexto do anúncio no mercado de streaming

A revelação ocorre em um cenário de ampla adoção de inteligência artificial pela indústria do entretenimento. Serviços de vídeo sob demanda buscam diferenciação por meio de recomendações personalizadas, produção assistida por algoritmos e, agora, iniciativas que delegam parte da criação ao público. Ao alinhar-se a essa tendência, o Disney+ procura reforçar sua competitividade e atrair usuários interessados em interatividade.

Desafios operacionais e técnicos

A adoção de ferramentas generativas dentro de um catálogo repleto de marcas mundialmente reconhecidas impõe desafios. Qualquer conteúdo produzido pelos assinantes deverá:

• obedecer às diretrizes de uso de imagem de personagens;

• ser verificado contra violações de direitos autorais;

• evitar representações que possam comprometer a imagem das franquias.

Para isso, a Disney deverá combinar análise automática por IA com revisão humana, criando um fluxo que garanta rapidez sem abrir mão de rigor. Outra questão envolve infraestrutura: será necessário prover capacidade de processamento e armazenamento suficientes para suportar a criação em massa, além de sistemas de recomendação capazes de destacar produções relevantes e seguras.

Potenciais efeitos sobre a comunidade de fãs

O uso de inteligência artificial para facilitar criações derivadas de filmes, séries e animações pode estimular iniciativas colaborativas, fan art em vídeo e narrativas alternativas baseadas em universos populares. Ao mesmo tempo, a empresa preserva o controle editorial, uma vez que a distribuição ocorrerá dentro do Disney+, sujeito a políticas próprias.

Paralelos com iniciativas anteriores

Embora a abertura ao conteúdo gerado pelo usuário seja inédita no Disney+, a companhia possui histórico de licenciamento de suas propriedades para plataformas externas, como eventos temáticos em Fortnite. A migração dessa lógica para dentro do streaming indica um movimento de verticalização: a Disney passa a hospedar e moderar diretamente as criações de fãs, em vez de apenas terceirizar a interação a outros ambientes.

Próximos passos aguardados

Com a manifestação de Iger, o mercado passa a acompanhar a definição de cronograma, detalhes técnicos e políticas de uso que orientarão a fase de testes. A efetiva incorporação de jogos ou experiências interativas também permanece no radar, condicionada à evolução da colaboração com a Epic Games.

Por ora, a informação central permanece: a Disney confirmou a intenção de introduzir, no próprio Disney+, ferramentas baseadas em inteligência artificial para que assinantes criem e consumam vídeos de curta duração. A medida, associada a negociações para proteger propriedade intelectual e a um possível mergulho em conteúdos semelhantes a jogos, sinaliza uma nova etapa de interatividade no serviço de streaming da companhia.

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