Departamento de Estado dos EUA volta à Times New Roman e aposenta a fonte Calibri em documentos oficiais

Departamento de Estado dos EUA volta à Times New Roman e aposenta a fonte Calibri em documentos oficiais
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Introdução: a decisão do Departamento de Estado dos EUA

O Departamento de Estado dos EUA anunciou que deixará de utilizar a fonte Calibri em todos os seus documentos oficiais. A medida, determinada pelo secretário Marco Rúbio, restabelece a Times New Roman, em tamanho 14, como padrão tipográfico. O objetivo declarado é recuperar a imagem de “decoro e profissionalismo” perdida, na avaliação da pasta, desde a adoção da Calibri em 2023.

Contexto inicial: por que a Calibri foi adotada em 2023

Dois anos antes da nova diretriz, durante o governo Joe Biden, o Departamento de Estado dos EUA alterou a família tipográfica institucional. A mudança para Calibri foi recomendada pelo então escritório de diversidade e inclusão do órgão. O argumento central era a acessibilidade: fontes sem serifa, como a Calibri, favorecem pessoas com baixa visão, dislexia e usuários de leitores de tela. Além disso, a adoção pretendia modernizar a apresentação dos papéis, afastando-se da aparência tradicional que a Times New Roman carrega.

Detalhamento da ordem atual: retorno à Times New Roman

Com o memorando recém-divulgado, todo documento emitido pela pasta deve agora empregar Times New Roman corpo 14. A exigência abrange memorandos internos, correspondências diplomáticas e comunicações externas. O despacho também revoga expressamente qualquer recomendação anterior de uso de Calibri ou de outra sans-serif em conteúdo oficial. O Departamento de Estado dos EUA justifica que a Times New Roman transmite caráter de formalidade, tradição e solenidade considerados indispensáveis para a diplomacia.

Tradição tipográfica na diplomacia norte-americana

Antes da Calibri e da própria Times New Roman, o órgão utilizava Courier New, fonte monoespaçada que remetia a máquinas de escrever. Ainda que pareça um detalhe meramente visual, a fonte escolhida define a identidade textual de um governo. Segundo o secretário Rúbio, serifas reforçam a percepção de confiabilidade e seriedade. A Times New Roman, criada em 1931, tornou-se sinônimo de oficialidade em organizações norte-americanas por décadas e permaneceu padrão no Departamento de Estado dos EUA durante quase vinte anos, até ser substituída brevemente em 2023.

Acessibilidade versus formalidade: o dilema existente

A decisão reacende o debate entre inclusão e tradição. Enquanto a Calibri apresenta contornos limpos que podem facilitar a visualização de letras para pessoas com baixa acuidade ocular, a Times New Roman possui elementos serifados que alguns leitores consideram mais eficientes em textos longos impressos. Ferramentas assistivas, como leitores de tela, também costumam lidar bem com fontes sans-serif, razão pela qual a área de diversidade e inclusão defendia a Calibri. Rúbio, por sua vez, descartou benefícios concretos dessa experiência, afirmando que a mudança apenas “degradou” a correspondência diplomática.

Impactos internos: custo, adaptação e padronização

A revogação implica ajustes em modelos de documentos, sistemas eletrônicos de correspondência e treinamento de pessoal. No entanto, a pasta considera que custos adicionais serão mínimos, uma vez que a Times New Roman já integra pacotes de software amplamente instalados. O memorando não apresenta estimativas financeiras, mas cita que a adoção anterior foi um “desperdício”, posicionando o retorno como economia e padronização.

Linha do tempo da escolha de fontes no Departamento de Estado dos EUA

• Pré-2023: Courier New era a escolha histórica, herdada da era das máquinas de escrever.
• 2023: Times New Roman é substituída por Calibri, sob orientação de diversidade e inclusão.
• 2025: Secretário Marco Rúbio ordena a volta imediata da Times New Roman corpo 14.

Aspectos políticos da decisão tipográfica

Rúbio classificou a adoção de Calibri como reflexo de “políticas radicais de inclusão” implantadas no governo anterior, embora não tenha detalhado quais resultados concretos classificaria como radicais. Ao vincular a fonte a uma agenda política, o secretário atribui peso simbólico a um elemento que, para muitos, poderia parecer meramente estético. Dessa forma, a tipografia ganha dimensões de sinalização ideológica, servindo como marcador de ruptura com práticas passadas.

Leitura e experiência do usuário: serifas vs. sans-serifa

Estudos acadêmicos costumam apontar que fontes serifadas direcionam melhor o fluxo de leitura em impressos, pois as serifas criam linhas imaginárias que conectam letras. Já as sans-serif, com traços mais uniformes, favorecem telas digitais de baixa resolução e beneficiam indivíduos com condições específicas, como dislexia. Entretanto, não existe consenso absoluto, e a preferência pode variar conforme tamanho de letra, espaçamento e meio de apresentação. O Departamento de Estado dos EUA privilegiou valores de formalidade em detrimento de potenciais ganhos de acessibilidade.

Padrão de tamanho: por que corpo 14

Além de definir a família tipográfica, o memorando estipula explicitamente o corpo 14. O tamanho maior busca assegurar legibilidade em impressões e digitalizações. Essa medida, implementada desde o período anterior a 2023, permanece intacta, sinalizando que o departamento considera o corpo 14 o equilíbrio adequado entre clareza e economia de papel.

Possíveis repercussões externas

Outros órgãos federais norte-americanos podem ou não seguir a mudança, pois cada entidade detém autonomia de estilo. A decisão, contudo, cria precedente que reforça a Times New Roman como padrão governamental. Observadores de acessibilidade poderão monitorar se o retorno provocará reclamações ou pedidos de versões alternativas com fontes sans-serif para determinadas audiências.

Próximo marco a observar

Conforme o memorando, a migração completa para Times New Roman deve ocorrer de imediato, sem prazo escalonado. Eventuais revisões de política tipográfica só deverão ser avaliadas se outra administração julgar necessário retomar o debate sobre acessibilidade ou se surgirem novas orientações internas relativas a leitura assistiva.

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