Denúncia de Felca expõe brechas das redes
Denúncia de Felca expõe brechas das redes
Denúncia de Felca expõe brechas das redes ao mostrar como crianças e adolescentes são sexualizados em plataformas digitais, alimentadas por algoritmos que privilegiam engajamento acima da segurança.
Denúncia de Felca expõe brechas das redes
1. Viralização imediata – Em agosto, o youtuber Felca publicou o vídeo “Adultização”. O material ganhou milhões de visualizações em poucas horas e derrubou perfis do influenciador Hytalo Santos, preso preventivamente após investigações sobre exploração infantil.
2. Adultização de menores – Felca definiu o fenômeno como a exposição de crianças a danças provocativas, roupas sensuais ou falas eróticas. Esse conteúdo, embora nem sempre classificado como pornografia, normaliza a objetificação infantil e atrai redes criminosas.
3. O “Algoritmo P” – O criador cunhou o termo para explicar o ciclo em que vídeos com menores são impulsionados. Se há engajamento, o sistema repete a recomendação, ampliando o alcance de material que interessa a pedófilos e dificulta a moderação.
4. Linguagem cifrada – Códigos, siglas e emojis específicos permitem que comunidades troquem links e conteúdos sem serem detectadas. Essa estratégia, somada às falhas técnicas, mantém posts abusivos ativos por longos períodos.
5. Falhas de moderação – Apesar de leis brasileiras contra exploração infantil, plataformas priorizam combate a desinformação política. Ferramentas de IA ainda não identificam nuances de sexualização precoce, tornando denúncias manuais o principal filtro.
6. Pressão por regulação – A repercussão impulsionou discussões no Congresso. Projetos inspirados em modelos europeus pretendem obrigar empresas a transparência algorítmica e penalidades severas quando conteúdos abusivos não forem removidos.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), milhões de crianças sofrem exploração on-line todos os anos, reforçando a urgência de regras claras e cooperação internacional.
Especialistas alertam que qualquer legislação precisará combinar avanços tecnológicos, fiscalização constante e conscientização de usuários. Enquanto isso, pais, educadores e influenciadores desempenham papel crucial ao denunciar práticas de adultização e pressionar por ambiente digital seguro.
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Crédito da imagem: Reprodução/YouTube
Imagem: Reprodução
