Conor McGregor abandona corrida presidencial na Irlanda ao anunciar, nesta segunda-feira (9), que não buscará mais o apoio necessário para disputar o pleito marcado para 24 de outubro.
O ex-campeão de artes marciais mistas, de 37 anos, divulgou a desistência em postagem nas redes sociais horas antes de falar nos conselhos de Dublin e de Kildare, onde tentaria garantir indicações formais para constar na cédula.
Conor McGregor abandona corrida presidencial na Irlanda
No comunicado, McGregor explicou que a decisão foi tomada “após cuidadosa reflexão e consulta à família”. Ele agradeceu o “apoio e encorajamento” recebido, mas classificou as regras de elegibilidade — que exigem apoio de 20 parlamentares ou de quatro dos 31 conselhos municipais — como um “colete de força” que impediria uma competição verdadeiramente democrática.
Até o momento, três nomes obtiveram as assinaturas necessárias: a deputada independente Catherine Connolly, apoiada por partidos de esquerda; Jim Gavin, indicado pelo Fianna Fáil, maior bancada no Parlamento; e Heather Humphreys, escolhida pelo Fine Gael, legenda de centro-direita que divide o governo com o Fianna Fáil. Outros postulantes têm até 24 de setembro para garantirem as indicações.
McGregor não luta profissionalmente desde julho de 2021, mas vinha divulgando a pretensão de concorrer desde o ano passado para seus milhões de seguidores. Recentemente, ele apareceu em listas preliminares de oradores nos conselhos de Dublin e Kildare, porém recuou antes de enfrentar questionamentos públicos.
A possível candidatura enfrentava resistência de grande parte da classe política, que a considerava inviável. Críticos lembravam decisões judiciais recentes, entre elas a condenação em processo cível que o obrigou a pagar € 206 mil em indenizações a Nikita Hand por agressão sexual — caso que ele nega.
Segundo reportagem da BBC, o lutador mostrou frustração com os critérios eleitorais, mas não descartou participação em futuras disputas.
Com a retirada do astro do MMA, a campanha presidencial irlandesa volta a concentrar-se nos políticos já confirmados, enquanto o Sinn Féin promete anunciar até 20 de setembro se lançará um nome próprio.
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Crédito da imagem: EPA