Concessões territoriais na Ucrânia são armadilha, diz UE

Concessões territoriais na Ucrânia são armadilha, diz UE

Concessões territoriais na Ucrânia estariam no centro de uma “armadilha que Putin quer que percorramos”, alertou a principal diplomata da União Europeia, Kaja Kallas, em entrevista à BBC.

Concessões territoriais na Ucrânia são armadilha, diz UE

Durante sua primeira entrevista ao Reino Unido desde que participou das conversas de paz na Casa Branca, Kallas rechaçou a ideia de pressionar Kiev a ceder partes do Donbas para garantir um acordo. Segundo ela, permitir que Moscou mantenha territórios ucranianos “recompensaria a agressão” e fragilizaria toda a arquitetura de segurança europeia.

A região do Donbas, no leste da Ucrânia, é disputada há anos. A ofensiva russa já forçou o deslocamento de aproximadamente 1,5 milhão de ucranianos, de acordo com dados citados pela diplomata. Apesar de pressões para um “troca de territórios”, proposta mencionada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Kiev mantém a recusa a qualquer concessão permanente.

Alvo de um mandado de busca do Kremlin, Kallas defendeu “garantias de segurança credíveis e robustas” para a Ucrânia. Embora reconheça a falta de “passos concretos” até o momento, ela sustenta que “o garantidor mais forte é um exército ucraniano forte” e cobra compromissos dos países que integram a chamada “coalizão dos dispostos”.

Na semana passada, líderes de França, Alemanha, Itália e Finlândia reuniram-se com o presidente Volodymyr Zelensky em Washington, poucos dias após Trump receber Vladimir Putin em uma base militar no Alasca. Segundo Kallas, o encontro no Alasca deu ao líder russo “tudo o que queria”, incluindo sinais de alívio de sanções. “Putin está rindo e aumentando a violência; não fez uma única concessão”, afirmou.

A União Europeia prepara agora o 19.º pacote de sanções contra Moscou, reforçando a pressão diplomática. Mesmo assim, Trump estabeleceu um prazo de duas semanas para avaliar o progresso das negociações. “Depois disso, talvez sigamos outro caminho”, declarou à emissora Newsmax.

Em contraste, Zelensky questionou a disposição russa para um encontro direto, acusando Moscou de “evitar a necessidade” de negociar. O líder ucraniano pediu a seus aliados um esboço do sistema de garantias de segurança “em sete a dez dias” e criticou o ataque aéreo que atingiu 11 localidades, incluindo Lviv, próximo à fronteira polonesa, matando pelo menos uma pessoa e ferindo mais de uma dezena.

Vozes europeias endossaram o ceticismo. O presidente finlandês, Alexander Stubb, disse que Putin “raramente é confiável”, enquanto Emmanuel Macron o classificou como “predador” e “ogro à nossa porta”. Ambos participaram das discussões em Washington.

Para mais contexto internacional, o leitor pode conferir a cobertura detalhada no portal da BBC News, referência global em jornalismo.

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Crédito da imagem: BBC News

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