Cometa 3I/ATLAS será estudado por sondas da NASA e ESA

Cometa 3I/ATLAS será estudado por sondas da NASA e ESA

Cometa 3I/ATLAS, terceiro objeto interestelar já detectado no Sistema Solar, entra na rota de dois veículos espaciais em missão distinta: a sonda Europa Clipper, da NASA, e a Hera, da ESA. Embora cada nave siga rumo a Júpiter e ao sistema binário Didymos-Dimorphos, respectivamente, ambas deverão “mergulhar” na cauda iônica do cometa ainda neste mês, aproveitando um raro alinhamento orbital.

O encontro, descrito em artigo aceito pelo periódico Research Notes of the American Astronomical Society, ocorrerá quando o 3I/ATLAS atingir seu pico de atividade longe do Sol, a cerca de 203 milhões de quilômetros. A Hera estará na posição correta entre 25 de outubro e 1º de novembro; já a Europa Clipper cruza a região estimada de 30 de outubro a 6 de novembro.

Cometa 3I/ATLAS será estudado por sondas da NASA e ESA

Apesar de chegar primeiro, a Hera não carrega instrumentos in-situ capazes de medir plasma ou poeira cometária. Segundo a Agência Espacial Europeia, a equipe avaliará eventuais sinais detectados indiretamente e divulgará atualizações caso surjam novidades. A Europa Clipper, por sua vez, leva espectrômetros e detectores de partículas que podem registrar a composição da cauda iônica caso o vento solar se mostre favorável.

A confirmação do uso da Clipper nessa tarefa ainda aguarda resposta do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). A demora coincide com a recente paralisação do governo norte-americano e com cortes de 550 funcionários no JPL, fatores que podem restringir ajustes de última hora no planejamento de voo.

Caso nenhuma medição direta seja possível, outras janelas de observação já estão programadas. A missão JUICE, também da ESA, monitorará o cometa em 2 e 25 de novembro, fornecendo espectros remotos úteis para comparar com futuros visitantes interestelares. A estratégia de “ciência em cruzeiro” reforça a tendência de extrair máximo retorno científico de sondas já operacionais, reduzindo custos e ampliando a base de dados.

Os resultados esperados vão além da astronomia: técnicas de espectroscopia e compressão de dados empregadas nessas missões alimentam avanços em sensoriamento terrestre, previsão ambiental e diagnóstico por imagem, demonstrando o impacto amplo da pesquisa espacial.

Para entender como campanhas semelhantes vêm revolucionando a exploração, a ESA detalha em seu portal a integração de objetivos científicos múltiplos em missões interplanetárias.

O 3I/ATLAS fará sua maior aproximação da Terra em dezembro, sem risco algum. Até lá, cientistas esperam decifrar pistas sobre a origem de água e materiais orgânicos que viajam entre sistemas estelares, ampliando nosso conhecimento sobre a formação de mundos potencialmente habitáveis.

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Crédito: NASA/JPL-Caltech

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