Chinês impressiona com show de espadas voadoras pilotadas por drones customizados

Um espetáculo de espadas voadoras ganhou destaque nas redes sociais chinesas depois que o influenciador e entusiasta de tecnologia Fan Shisan, residente na província de Sichuan, apresentou um enxame de drones customizados em formato de espada capaz de manobrar de forma coordenada ao seu redor. O projeto, demonstrado publicamente em 16 de dezembro de 2025, reuniu engenharia, controle por movimento e referências ao cinema wuxia, atraindo milhões de visualizações e reacendendo a curiosidade sobre a convergência entre tecnologia de consumo e artes marciais tradicionais.

Origem do projeto de espadas voadoras

A proposta nasceu da vontade de Fan Shisan de recriar, no mundo real, cenas consagradas de filmes wuxia em que guerreiros se deslocam e lutam sobre lâminas flutuantes. Embora a inspiração cinematográfica esteja presente, não foram utilizadas lâminas metálicas; o objeto central é um drone estilizado para lembrar uma espada. Desde o início, o criador deixou claro que pretendia oferecer uma demonstração visualmente impactante em vez de desenvolver uma arma.

O influenciador, já conhecido por mesclar tecnologia e temática marcial, identificou nos drones comerciais a plataforma ideal para materializar a ideia. A escolha pela estética tradicional contribui para a atmosfera mítica, enquanto a eletrônica embarcada garante a segurança necessária para apresentações públicas.

Como os drones foram transformados em espadas voadoras

A configuração básica de cada unidade do enxame de espadas voadoras conta com múltiplos propulsores instalados em pontos estratégicos. Segundo Fan Shisan, há motores na extremidade da lâmina, no punho e na guarda — resultado de testes que demonstraram a necessidade de distribuir empuxo para manter o centro de gravidade equilibrado. Essa disposição de hélices permite que a estrutura alongada permaneça estável durante manobras rápidas, evitando rotações indesejadas e garantindo voos precisos próximos ao operador.

Cada drone recebe ainda carenagens personalizadas que simulam o metal polido de uma espada tradicional, mas utilizam materiais leves para não prejudicar a relação peso-potência. Sensores integrados monitoram temperatura dos motores e nível de bateria, recursos importantes para prevenir quedas em eventos ao vivo.

Sistema de controle por movimento das espadas voadoras

O diferencial técnico do show está no esquema de comando. Em vez de um rádio controle convencional, Fan Shisan adotou luvas equipadas com sensores de posição que traduzem gestos em sinais sem fio enviados aos drones. Ao mover as mãos acima da cabeça ou apontar para determinada direção, o criador direciona todo o grupo como se comandasse um único organismo aéreo.

Além da interface principal, um algoritmo embarcado distribui tarefas individuais a cada drone, reduzindo atrasos e garantindo que as espadas voadoras mantenham formação mesmo quando recebem instruções complexas em tempo real. Tests preliminares indicaram que atrasos acima de alguns milissegundos desorganizam a coreografia; ajustes de firmware foram necessários para alcançar a sincronia exibida no vídeo viral.

Antecedentes de Fan Shisan com espadas voadoras e artes marciais

A empreitada não é um caso isolado no portfólio de Fan Shisan. No início de 2025, o influenciador havia viralizado ao revelar uma espada voadora de grandes dimensões, capaz de transportar uma pessoa por curtas distâncias. Naquela fase, os motores apresentaram potência insuficiente, obrigando a equipe a reavaliar empuxo, consumo de energia e resistência estrutural. O aprendizado resultou em melhorias aplicadas no atual enxame de unidades menores.

Paralelamente às experiências com drones, Fan Shisan cultiva longa relação com artes marciais tradicionais. O criador detém dois recordes homologados pelo Guinness World Records, ambos relacionados ao manuseio de espadas. A familiaridade com técnicas de combate agregou autenticidade à performance, já que os movimentos corporais usados para guiar os drones remetem a posturas e gestos de escolas clássicas.

Resultados e demonstração pública das espadas voadoras

A apresentação registrada em vídeo mostra o influenciador cercado por várias unidades que decolam, mantêm altura constante e descrevem círculos em torno do operador. Em seguida, o grupo executa mudanças rápidas de direção e forma padrões no ar, evidenciando que o controle fino é suficiente para evitar colisões internas.

Observadores apontaram a estabilidade como o aspecto mais impressionante do voo. A distribuição de propulsores em diferentes pontos da estrutura, associada ao controle responsivo, impediu oscilações mesmo sob vento moderado. Como resultado, as espadas voadoras permaneceram alinhadas, reforçando a impressão de um “esquadrão” unitário.

Outro destaque foi a segurança. Em toda a gravação, não houve queda de objetos nem relatos de incidentes com espectadores. Embora as hélices estejam expostas, sua posição lateral e a distância mantida pelo operador reduziram riscos de contato direto.

Próximos passos: enxame de milhares de espadas voadoras

Ao final da demonstração, Fan Shisan descreveu a próxima meta: desenvolver um enxame sincronizado com milhares de unidades, todas respondendo em tempo real a gestos humanos. O objetivo exige superar desafios de potência computacional, gerenciamento de sinal e autonomia de bateria, além de adaptar o algoritmo de formação para uma escala muito maior.

Segundo o criador, a experiência adquirida com o primeiro conjunto oferece base sólida para ampliar o projeto. Contudo, ele reconhece que a etapa seguinte dependerá de otimizações nos circuitos de comunicação e na aerodinâmica de cada drone, para que a soma de pequeno peso e grande quantidade não comprometa a performance.

Com a ambição declarada de orquestrar “milhares de espadas voadoras operando como uma única unidade”, Fan Shisan posiciona-se no limite entre entretenimento tecnológico e inovação em controle de enxames autônomos. A comunidade on-line aguarda as próximas atualizações do projeto, que, se bem-sucedido, ampliará ainda mais a escala visual e técnica do espetáculo.