China cria academias para treinar robôs humanoides

China cria academias para treinar robôs humanoides — Pequim prepara centros de teste em grandes cidades para acelerar o aperfeiçoamento dessas máquinas, consideradas vitais para a liderança tecnológica do país.
Com investimentos maciços em automação, a nação asiática já é o maior fabricante mundial de robôs industriais. Agora, o governo quer padronizar o treinamento de robôs humanoides, inaugurando espaços que simularão fábricas, lojas, residências inteligentes e unidades de cuidados a idosos.
China cria academias para treinar robôs humanoides
De acordo com o portal Interesting Engineering, o maior desses complexos ficará em Pequim e ocupará mais de 10 mil m². A ideia é coletar grandes volumes de dados padronizados, permitindo que as empresas locais reduzam custos, melhorem a consistência de desempenho e compartilhem avanços de software e hardware.
Hoje, cada fabricante coleta informações de forma isolada, gerando resultados irregulares. Ao centralizar o processo, Pequim espera criar um repositório de dados de alta qualidade que impulsione todo o ecossistema de robótica humanoide, setor avaliado em US$ 47 bilhões em 2023 e projetado para chegar a US$ 108 bilhões até 2028.
O plano faz parte de uma política industrial que estimula governos regionais a competir por investimentos. Segundo a Federação Internacional de Robótica, mais de dois milhões de robôs já atuam em fábricas chinesas, número superior ao do resto do mundo combinado; apenas em 2023 foram instaladas 300 mil novas unidades, contra 34 mil nos Estados Unidos.
Analistas veem as academias como caminho para que a China se distancie ainda mais dos concorrentes e conduza a próxima geração de inteligência artificial aplicada à robótica, potencializando usos em logística, varejo e assistência domiciliar.
Para saber como a inovação tecnológica impacta outros setores, confira também nossas matérias em Ciência e Tecnologia e continue acompanhando as tendências que moldam o futuro.
Crédito da imagem: Imagem criada por DALL-E/Gabriel Sérvio/Olhar Digital

Conteúdo Relacionado