ChatGPT recebe Modo Estudo que incentiva respostas construídas pelo utilizador

A OpenAI apresentou o Modo Estudo para o ChatGPT, uma funcionalidade que procura fomentar o pensamento crítico ao colocar o utilizador no centro do processo de aprendizagem.

Como funciona o novo modo

Ao contrário da experiência tradicional, o Modo Estudo evita fornecer respostas imediatas. O sistema tende a devolver perguntas, solicitar esclarecimentos sobre o nível de conhecimento do utilizador e, se necessário, recusar-se a entregar uma solução pronta caso não exista envolvimento suficiente. A abordagem foi concebida para transformar o chatbot de gerador de textos em tutor interativo, promovendo a compreensão passo a passo.

O recurso aceita também imagens. Assim, é possível enviar fotografias de testes ou exercícios: o modelo analisa o conteúdo visual e guia o estudante na resolução do problema, em vez de apresentar apenas o resultado final.

Disponibilidade e activação

Segundo a OpenAI, o Modo Estudo está disponível para todos os utilizadores com contas gratuitas, bem como para subscritores dos planos Plus, Pro e Team. A empresa refere que chegará brevemente ao plano Edu, destinado a instituições de ensino. A activação é opcional e pode ser revertida a qualquer momento, permitindo alternar entre o modo tradicional e o modo orientado para aprendizagem.

Colaboração com educadores e desafios

O desenvolvimento envolveu professores, investigadores e especialistas em educação. Apesar do esforço, a OpenAI admite possíveis respostas inconsistentes ou erros durante as conversas, recordando que o modelo continua sujeito a limitações técnicas.

Jayna Devani, responsável pela educação internacional na empresa, sublinha que combater o plágio académico exigirá a participação de todo o sector, nomeadamente na redefinição de métodos de avaliação e no estabelecimento de regras claras para o uso responsável de inteligência artificial.

Potencial impacto na aprendizagem

Estudos recentes indicam que o ChatGPT pode servir como tutor eficaz, mas também apontam para uma redução da actividade cerebral quando comparado com a pesquisa autónoma. Ao insistir na participação activa do estudante, o Modo Estudo procura mitigar esse risco. A eficácia, contudo, dependerá do compromisso de cada utilizador, uma vez que a opção de regressar ao modo convencional permanece sempre disponível.

Imagem: Reprodução via olhardigital.com.br