Candidatos enganam IA de recrutamento e são rejeitados

Candidatos enganam IA de recrutamento e são rejeitados

Candidatos enganam IA de recrutamento ao inserir textos invisíveis nos currículos na tentativa de burlar filtros automatizados. A prática, relatada pelo The New York Times, surge em meio ao avanço da inteligência artificial (IA) nos processos de seleção, adotada por 90% dos empregadores, segundo o Fórum Econômico Mundial.

Com pilhas de currículos chegando diariamente, as empresas recorrem a algoritmos para ranquear candidatos conforme requisitos específicos. A resposta de alguns profissionais tem sido incluir comandos ocultos que exaltam competências ou reproduzem descrições de vagas, esperando “enganar” os chatbots que fazem a triagem inicial.

Candidatos enganam IA de recrutamento e são rejeitados

Especialistas alertam, porém, que a tática tende a falhar. Companhias atualizam constantemente seus sistemas para reconhecer fraudes, e muitos softwares descartam automaticamente CVs suspeitos. A ManpowerGroup, uma das maiores empresas globais de RH, afirma identificar cerca de 10% de currículos com textos escondidos todos os anos.

Há também o debate ético. Para a recrutadora Natalie Park, da Commercetools, transparência é inegociável: “Quero candidatos que se apresentem honestamente”. Apesar de alguns casos pontuais de sucesso — uma candidata conseguiu duas entrevistas em dois dias após inserir prompts ocultos —, a maioria acaba marcada como desonesta e excluída do processo.

Além do risco de rejeição, os próprios algoritmos podem carregar vieses de idade, gênero ou localização, eliminando bons profissionais sem explicação. Organizações e pesquisadores buscam mitigar o problema, mas admitem que o uso massivo de IA exige monitoramento contínuo para evitar discriminação. Segundo relatório do World Economic Forum, práticas responsáveis de IA estão entre as prioridades globais de recursos humanos.

Para quem busca uma vaga, especialistas recomendam foco na clareza das informações, uso adequado de palavras-chave da descrição da vaga e adequação ao formato solicitado pela empresa. Enganar o algoritmo pode parecer atalho atraente, mas os custos para a reputação profissional são altos e, na maioria das vezes, irreversíveis.

No curto prazo, a tendência é que ferramentas de detecção fiquem ainda mais sofisticadas, tornando o jogo de gato e rato inviável. A melhor estratégia continua sendo a honestidade e o aprimoramento de competências alinhadas às exigências do mercado.

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Imagem: Moor Studio/iStock

zairasilva

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