Brasileiros em grupos neonazistas no Telegram somam 35 mil

Brasileiros em grupos neonazistas no Telegram somam 35 mil

Brasileiros em grupos neonazistas no Telegram somam 35 mil

Brasileiros em grupos neonazistas no Telegram já ultrapassam a marca de 35 mil perfis, segundo levantamento do Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas da FGV divulgado em 28/08/2025.

Brasileiros em grupos neonazistas no Telegram somam 35 mil

O pesquisador Ergon Cugler mapeou centenas de comunidades abertas no aplicativo de mensagens e concluiu que 64 % de todo o conteúdo nazista identificado na América Latina é compartilhado por usuários brasileiros. Em números absolutos, isso significa que um em cada quatro perfis neonazistas na região é do Brasil.

Cugler relatou, em entrevista ao The Intercept Brasil, que basta inserir termos específicos na busca do Telegram para encontrar canais com símbolos, frases de Adolf Hitler ou Benito Mussolini e ataques diretos a negros, judeus e outros grupos. A entrada nesses espaços não exige convite nem intermediação.

O estudo também revela que o algoritmo da plataforma age como um “funil de radicalização”. Ao seguir um canal extremista, o usuário recebe sugestões automáticas de outras salas com ideologia semelhante. Quem assina o Telegram Premium, serviço que custa R$ 15,90 mensais, recebe ainda mais recomendações, o que, segundo o pesquisador, gera lucro direto para a empresa com a disseminação de discurso de ódio.

A expansão desses grupos atingiu o pico durante a pandemia de COVID-19, especialmente em 2021, e mesmo após leve retração continua “bem estruturada”, conforme descreve o levantamento. Já o Telegram, procurado pelo Intercept, não respondeu aos questionamentos sobre possíveis medidas de moderação. O escritório de advocacia que representa a companhia afirmou não possuir autorização para se pronunciar.

A discussão ocorre em meio a propostas do governo federal para regular redes sociais. O presidente Lula confirmou que enviará ao Congresso projeto de lei que pode responsabilizar plataformas que toleram conteúdo extremista. Caso aprovado, o texto deve pressionar empresas a adotar mecanismos mais rígidos contra a apologia ao nazismo e outras atividades ilícitas.

Além de servir de abrigo a neonazistas, o Telegram é apontado por autoridades como ferramenta para crimes de fraude, tráfico e distribuição de malwares. Em 2024, o fundador Pavel Durov chegou a ser detido na França por suposta falta de cooperação com investigações.

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Crédito da imagem: The Intercept Brasil

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Imagem: Internet

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