Banheiro de compostagem MycoToilet transforma resíduos

Banheiro de compostagem MycoToilet transforma resíduos

Banheiro de compostagem MycoToilet transforma resíduos ao aproveitar micélios – as estruturas radiculares dos cogumelos – para decompor dejetos humanos sem usar uma gota de água. Desenvolvido pela Escola de Arquitetura e Paisagismo da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), no Canadá, o sistema busca tornar a rotina sanitária parte de um ciclo ecológico, limpo e sem odores.

Nos testes iniciais, iniciados em 26 de setembro no Jardim Botânico da UBC, o protótipo promete gerar anualmente cerca de 600 litros de composto sólido e 2 mil litros de fertilizante líquido. A manutenção é limitada a quatro visitas por ano, eliminando a dependência de produtos químicos agressivos presentes em banheiros portáteis convencionais.

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Banheiro de compostagem MycoToilet transforma resíduos

O MycoToilet separa resíduos líquidos e sólidos em compartimentos distintos. Os sólidos passam por um revestimento de micélio capaz de neutralizar mais de 90 % dos compostos responsáveis por odores, segundo experimentos de laboratório liderados pelo microbiologista Steven Hallam. As enzimas fúngicas convertem a biomassa em componentes simples, acelerando a formação de adubo rico em nutrientes.

Como o sistema de cogumelos funciona

Sem necessidade de água, eletricidade ou aditivos químicos, o processo é apoiado por painéis de madeira pré-fabricados e um exterior de cedro carbonizado, naturalmente antimicrobiano. Um ventilador de baixa potência garante a circulação do ar, enquanto um telhado verde contribui para a biodiversidade local, sustentando plantas e animais silvestres.

Potencial para comunidades remotas

Com capacidade para operar em parques, vilarejos isolados e regiões em desenvolvimento, o MycoToilet surge como alternativa sustentável a sistemas de saneamento caros. Projetos semelhantes já funcionam no Quênia, onde empreendedores da Saniwise utilizam banheiros secos para produzir adubo orgânico a partir de resíduos humanos.

“Queríamos transformar uma rotina diária em uma experiência que lembrasse nossa conexão com os ciclos ecológicos”, explica Joseph Dahmen, líder do projeto. De acordo com a própria Universidade da Colúmbia Britânica, a ausência de água reduz custos operacionais e elimina a necessidade de tratar efluentes como material tóxico.

Estruturalmente, a construção conta com claraboia, rampa de acesso e acabamentos em madeira e aço inoxidável, reforçando a proposta de conforto e limpeza para superar estigmas associados a banheiros de compostagem.

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Crédito da imagem: Divulgação/UBC

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