Aves estranhas: conheça cinco espécies surpreendentes

Aves estranhas como o bico-de-sapato e o corvo-marinho não-voador desafiam o senso comum sobre o reino dos pássaros. Suas adaptações peculiares, detalhadas em artigo da Encyclopaedia Britannica, revelam como o ambiente molda espécies raras espalhadas pela Amazônia, Galápagos, Austrália, América Central e África.

Embora compartilhem penas e asas, essas aves surpreendentes exibem características que vão de um sistema digestivo semelhante ao de ruminantes até garras em filhotes para escalar árvores. Conheça os cinco casos mais curiosos.

Aves estranhas: conheça cinco espécies surpreendentes

1. Corvo-marinho não-voador

Endêmico das ilhas Fernandina e Isabela, nas Galápagos, o Phalacrocorax harrisi perdeu a capacidade de voar após a redução gradual das asas. Sem predadores terrestres, desenvolveu excelente habilidade de mergulho para capturar peixes, polvos e lulas.

2. Jacu-cigano

Presente na Bacia Amazônica, o Opisthocomus hoazin fermenta folhas no papo, processo comparável ao dos bovinos. O hábito confere odor forte e torna seu sistema digestivo único entre as aves estranhas. Filhotes nascem com garras nas asas, recurso que facilita escalar galhos ou nadar em caso de ameaça.

3. Podargo australiano

Nativo da Austrália, o Podargus strigoides lembra uma coruja, mas possui patas fracas e ausência de garras curvas. Durante o dia, permanece imóvel, camuflado nos galhos, e à noite captura insetos com a boca larga, característica que lhe rendeu o apelido “boca-de-sapo”.

4. Pavão-grande

Também chamado de faisão-real, o Crax rubra vive do México ao Equador. Machos exibem plumagem preta com crista encaracolada e protuberância amarela no bico; fêmeas têm penas castanhas com barras pretas. Na cultura maia, a espécie é conhecida como “kambul”.

5. Bico-de-sapato

Do Sudão do Sul à Zâmbia, o Balaeniceps rex impressiona com bico que alcança 30 cm de comprimento e 15 cm de largura. Pode medir até 1,5 m de altura e abrir envergadura de 2,4 m, caçando peixes e pequenos répteis em pântanos africanos.

Essas cinco aves estranhas ilustram como a evolução produz soluções extraordinárias para sobrevivência, seja perdendo o voo para ganhar fôlego de mergulho ou desenvolvendo um “estômago de vaca” para digerir folhas.

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