Ataque a sinagoga em Manchester mata dois e fere cinco

Ataque a sinagoga em Manchester deixou dois mortos e cinco feridos na manhã desta quinta-feira (2), quando um homem avançou com um carro contra fiéis e os esfaqueou diante da Heaton Park Hebrew Congregation, em Crumpsall, no norte da Inglaterra, durante o Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judeu.
De acordo com a Polícia de Greater Manchester, o agressor foi alvejado por agentes armados e, embora se presuma que esteja morto, equipes de detonação foram acionadas porque havia suspeita de um explosivo em sua posse. O incidente foi classificado com o código “Plato”, usado em operações contra ataques em andamento.
Ataque a sinagoga em Manchester mata dois e fere cinco
Testemunhas relataram que o veículo colidiu contra os portões da sinagoga antes de o motorista sair esfaqueando quem estava próximo, inclusive o segurança do templo. Vídeo divulgado nas redes sociais mostra policiais apontando armas para um homem caído no chão, sob o símbolo da Estrela de Davi, enquanto um transeunte alerta que ele “tem uma bomba”.
Inicialmente, quatro feridos foram confirmados; horas depois, o número subiu para cinco, com ferimentos provocados tanto pelo atropelamento quanto pelas facadas. O ataque ocorre em meio ao aumento de incidentes antissemitas no Reino Unido; só no primeiro semestre deste ano foram mais de 1,5 mil registros, segundo a Community Security Trust.
O primeiro-ministro Keir Starmer declarou estar “horrorizado” e determinou o reforço do policiamento em sinagogas de todo o país. Ele interrompeu sua participação em uma cúpula em Copenhague para presidir a reunião de emergência do governo. Em nota, o rei Charles III afirmou que ele e a rainha Camilla estão “profundamente chocados e tristes” com o ocorrido.
Rabinos britânicos temem que a ação agrave o clima de insegurança entre judeus. Para o rabino Jonathan Romain, “este é o pior pesadelo de qualquer judeu, principalmente num dia de oração coletiva”. O histórico de ataques em Manchester inclui o atentado de 2017 no show de Ariana Grande, que matou 22 pessoas, lembrado hoje pelas autoridades como alerta sobre a persistente ameaça extremista. Dados oficiais mostram que crimes de ódio religiosos no Canadá seguem tendência parecida, com 68% das ocorrências direcionadas a judeus em 2024, segundo o Statistics Canada.
O caso ainda está sob investigação detalhada. A polícia mantém a área isolada para coleta de provas, enquanto a comunidade judaica local recebe apoio psicológico e reforço de segurança.
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Crédito da imagem: Globalnews.ca
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