Amazon permitirá baixar livros do Kindle em formatos EPUB e PDF a partir de 2026

Palavra-chave principal: baixar livros do Kindle

A Amazon anunciou que, a partir de 20 de janeiro de 2026, usuários poderão baixar livros do Kindle nos formatos EPUB e PDF, desde que as obras não possuam Gerenciamento de Direitos Digitais (DRM). A medida rompe um histórico de exclusividade do arquivo proprietário KFX e abre a possibilidade de leitura em celulares, computadores e e-readers de outras marcas, sem afetar as taxas de royalties de autores ou editoras.

Entenda a decisão de permitir baixar livros do Kindle em EPUB e PDF

O ponto central desse anúncio é a liberação oficial de dois formatos amplamente utilizados na indústria editorial: EPUB e PDF. Até então, o ecossistema Kindle exigia que a leitura fosse feita dentro de aplicativos, dispositivos ou softwares controlados pela própria Amazon. A empresa justificava a restrição pela necessidade de proteger a autoria, mas, em janeiro de 2025, acabou se envolvendo em críticas ao bloquear downloads via USB, mesmo para obras sem DRM. O novo posicionamento, portanto, surge como resposta direta às queixas de consumidores que desejavam portabilidade sem recorrer a soluções externas ou à quebra de proteções.

No comunicado, a companhia destacou que a decisão é “uma das maiores novidades no segmento de livros digitais dos últimos anos”. O argumento é simples: conceder liberdade de escolha ao leitor sem interferir nos termos de pagamento aos criadores de conteúdo, já que a alteração não modifica royalties nem a estrutura de remuneração vigente.

Como o processo de baixar livros do Kindle funcionará na prática

Para efetuar o download em EPUB ou PDF, o comprador deverá acessar a área “Gerencie seu Conteúdo e Dispositivos”, localizada no menu de ajustes da loja Amazon. Somente usuários que adquiriram o título de forma direta estarão aptos a visualizar e salvar os arquivos alternativos. Isso exclui exemplares emprestados por meio do programa Kindle Unlimited, pois eles não se enquadram na categoria de compra verificada.

Todo o procedimento acontecerá online; basta selecionar o livro elegível e escolher o formato desejado. A Amazon não mencionou necessidade de software adicional, indicando que o arquivo poderá ser transferido imediatamente para qualquer plataforma compatível, seja um aplicativo de leitura, um computador pessoal ou outro e-reader.

Limitações: quais títulos estarão aptos a baixar livros do Kindle fora do ecossistema

A flexibilidade anunciada possui restrições bem definidas. Apenas títulos sem DRM entram na regra. Obras de grandes editoras, que normalmente ativam a proteção, tendem a permanecer presas ao formato KFX. A liberação também depende de configuração voluntária de autores ou editoras; a Amazon não obriga ninguém a permitir o download externo.

A situação varia conforme a data de publicação:

• Até 9 de dezembro de 2025: livros já disponibilizados sem DRM exigem ajuste manual por parte do responsável pela obra, caso a mudança seja desejada.
• A partir de 10 de dezembro de 2025: novos cadastros podem, no ato do registro, escolher oferecer os arquivos em EPUB ou PDF.

Assim, o catálogo completo do Kindle não se tornará automaticamente multiformato. Cada título precisará cumprir as exigências e, sobretudo, contar com a intenção do detentor dos direitos autorais.

Impacto para autores, editoras e leitores

A modificação afeta perfis distintos de forma particular. Para autores independentes, a possibilidade de disponibilizar o trabalho em múltiplos formatos sem pagar taxas extras representa uma estratégia adicional de alcance de público. Já para editoras, principalmente as que mantêm DRM, a deliberação entre segurança de direitos e conveniência do leitor torna-se mais evidente, podendo influenciar futuras políticas internas.

Do ponto de vista do consumidor, a vantagem é a portabilidade. Um mesmo arquivo poderá ser arquivado localmente, copiado para outros dispositivos e incluso em bibliotecas digitais pessoais. O acesso sem DRM também facilita a manutenção do acervo ao longo dos anos, independentemente de eventuais mudanças de hardware.

Apesar dos benefícios, a Amazon manteve critérios rígidos para garantir a autenticidade do download. A empresa reiterou que somente compradores verificados acessarão os arquivos, prevenindo distribuição clandestina. Dessa forma, busca equilibrar liberdade de uso e controle contra pirataria.

Linha do tempo: da restrição USB à nova política de baixar livros do Kindle

Em meados de 2025, a Amazon deixou de permitir a transferência de e-books via cabo USB, medida que desagradou parte dos usuários pela perda de controle sobre obras regularmente adquiridas. Esse episódio evidenciou uma demanda latente por opções de exportação. Na sequência, críticas e comparações com outros serviços digitais reforçaram a necessidade de reavaliar o modelo fechado.

No dia 10 dezembro de 2025, a companhia formalizou os primeiros ajustes em seu portal de autopublicação, permitindo que novos títulos recebessem, já no cadastro, a opção EPUB ou PDF. Pouco tempo depois, em 10 de janeiro de 2026, confirmou a data definitiva de implementação para 20 de janeiro. Esse cronograma de pouco mais de um ano entre a polêmica inicial e a mudança oficial sinaliza uma resposta relativamente rápida para um conglomerado de tecnologia, indicando a relevância do tema dentro do planejamento corporativo.

Próximos passos até 20 de janeiro de 2026

Até a entrada em vigor da nova política, autores que já publicaram sem DRM terão de decidir se ajustam manualmente suas configurações para liberar o download em EPUB e PDF. Simultaneamente, leitores devem acompanhar a seção de gerenciamento de conteúdo para verificar quais obras receberão a atualização. Segundo a Amazon, nenhuma alteração automática ocorrerá sem intervenção do detentor dos direitos.

Em 20 de janeiro de 2026, a função passa a operar globalmente, marcando o início oficial da possibilidade de baixar livros do Kindle em formatos abertos para todos os títulos habilitados.