Série Alien: Earth clarifica cronologia ao recuar dois anos face ao clássico de 1979
A franquia Alien, iniciada em 1979, prepara-se para receber Alien: Earth, produção televisiva que promete organizar a linha temporal de uma saga marcada por avanços e recuos narrativos. A nova série decorre em 2120, dois anos antes dos acontecimentos protagonizados por Ellen Ripley no primeiro filme, e surge como ponte entre as origens estabelecidas em Prometheus e o terror claustrofóbico que viria a definir o título original.
Posição exata na linha do tempo
A cronologia oficial da franquia inclui, até ao momento, nove longas-metragens e vários curtas. A ordem temporal reconhecida pelos estúdios é a seguinte:
• 2093 – Prometheus
• 2104 – Alien: Covenant
• 2120 – Alien: Earth
• 2122 – Alien
• 2142 – Alien: Romulus
• 2179 – Aliens
• 2180 – Alien 3
• 2379 – Alien Resurrection
Desta forma, Alien: Earth ocupa um ponto intermédio crucial: a espaçonave da série regressa da Lua LV-223, local da expedição vista em Prometheus, trazendo inadvertidamente uma arma biológica responsável pela criação dos xenomorfos. O enredo acompanha os primeiros sinais da ameaça na órbita da Terra, antes de qualquer contacto humano direto com as criaturas nos corredores do cargueiro Nostromo.
Contexto corporativo e tecnológico
Ao contrário dos filmes posteriores, a poderosa Weyland-Yutani ainda não detém controlo total sobre a exploração espacial. Em 2120, conglomerados como Prodigy, Threshold, Dynamic e Lynch disputam contratos de colonização e desenvolvimentos em bioengenharia. A série evidencia essa competição ao situar o acidente num território administrado pela Prodigy, circunstância que fragiliza a resposta coordenada ao risco biológico.
No mesmo período, androides de modelo clássico competem com sintéticos de última geração. Essa dupla presença tecnológica permite ilustrar o período de transição que, décadas mais tarde, resultaria nos autómatos avançados observados em Aliens. A coexistência de ambas as linhas produz tensões internas adicionais, pois diferentes equipas advogam protocolos de contenção distintos para organismos desconhecidos.
Relação com o filme original
O intervalo de dois anos entre a série e Alien abre margem para potenciais cruzamentos narrativos em temporadas futuras. Embora o Nostromo viaje em zonas distantes, as decisões corporativas tomadas durante Alien: Earth podem justificar, dentro da própria continuidade, a posterior ordem para recolher um espécime vivo. Até agora, não existe indicação oficial de participação de personagens do filme de 1979, mantendo-se o foco em protagonistas inéditos.
Importância para novos espectadores
Desde Prometheus, a saga alterna entre origens filosóficas e ação militarizada, tornando a cronologia menos intuitiva. Colocar Alien: Earth perto do início facilita a compreensão de quem descobre a franquia em 2025. A audiência acompanha, pela primeira vez em televisão, a progressão de uma ameaça que ainda não se encontra plenamente formada, estabelecendo um ponto de partida coeso para a sequência de filmes.
Expansão do universo
Em termos de construção de mundo, a proximidade temporal com Prometheus permite aprofundar elementos pouco explorados, como a disseminação da arma biológica além de LV-223. Simultaneamente, a curta distância para Alien garante familiaridade visual com cenários industriais, corredores estreitos e protocolos de quarentena que definiram o primeiro filme. O resultado é um equilíbrio entre revelações sobre a origem dos xenomorfos e antecipação do terror futurista.
Consequências potenciais
Caso a série prossiga para uma segunda temporada, existe a possibilidade de retratar os primeiros registos oficiais da criatura em bases terrestres, evento que explicaria o interesse governamental mostrado nos filmes subsequentes. A cronologia já inclui Alien: Romulus em 2142, pelo que qualquer expansão televisiva terá de respeitar o intervalo de vinte anos que separa essa produção do ataque à colónia LV-426 em Aliens.
Resumo
Alien: Earth insere-se em 2120, consolidando a ponte entre as origens cronológicas vistas em Prometheus e o primeiro confronto com Ripley. A série destaca-se por explorar a instabilidade corporativa, a evolução dos androides e os protocolos de contenção numa fase embrionária da ameaça xenomorfa. Com esta posição estratégica, a produção tem potencial para clarificar pontos pendentes e modernizar a narrativa para novas gerações de espectadores sem contrariar a continuidade estabelecida.

Imagem: tecmundo.com.br