Fase Crescente domina o céu neste 2 de novembro: Lua está 84% iluminada e a três dias da Lua Cheia

Na madrugada e ao longo da noite deste domingo, 2 de novembro de 2025, observadores de todo o Brasil podem acompanhar a Lua na fase Crescente, com 84 % de sua face visível a partir da Terra. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), restam exatamente três dias para que o satélite natural atinja a plenitude da Lua Cheia, prevista para ocorrer no meio da manhã da próxima quarta-feira, 5 de novembro, às 10h20.

Quem, o quê, quando, onde e como

Quem: a protagonista é a Lua, único satélite natural da Terra.

O quê: estágio Crescente, etapa em que a porção iluminada aumenta noite após noite.

Quando: domingo, 2/11/2025, com 84 % de iluminação.

Onde: visível em todo o território nacional, desde que o céu esteja descoberto.

Como: o satélite progride na órbita e avança da Lua Nova rumo à Lua Cheia, ganhando luminosidade.

Por quê: a geometria entre Sol, Terra e Lua faz com que a radiação solar ilumine, neste momento, mais de três quartos da superfície lunar voltada ao nosso planeta.

Visibilidade nesta noite

Com 84 % da superfície refletindo luz solar, a Lua apresenta formato conhecido como gibosa crescente. Esse termo designa a etapa intermediária que sucede o Quarto Crescente e antecede a Lua Cheia. A iluminação elevada facilita a observação a olho nu e amplia as oportunidades para fotografias — fator valorizado por astrônomos amadores e entusiastas da astrofotografia.

Calendário lunar de novembro de 2025

O Inmet detalha as próximas transições do ciclo atual. Todas as datas estão calculadas no horário oficial de Brasília:

• Lua Cheia: 5/11 às 10h20, marcando o momento de máxima luz.
• Lua Minguante: 12/11 às 02h29, início da redução luminosa.
• Lua Nova: 20/11 às 03h48, reencontro com o escuro total.
• Lua Crescente: 29/11 às 03h59, abertura de novo caminho rumo à próxima cheia.

Essas ocorrências compõem, em novembro, o ciclo completo de aproximadamente 29,5 dias que os astrônomos denominam lunação.

O que é uma lunação

Uma lunação corresponde ao intervalo entre duas passagens consecutivas da Lua Nova, durando em média 29 dias e meio. Durante esse período, o satélite atravessa quatro fases principais — nova, crescente, cheia e minguante — e quatro interfases, que detalham as transições graduais: Quarto Crescente, Crescente Gibosa, Minguante Gibosa e Quarto Minguante. Cada subdivisão dura cerca de sete dias, embora possa haver variações de algumas horas.

Entendendo a geometria das fases

A aparência da Lua depende do posicionamento relativo entre Sol, Terra e Lua:

Lua Nova: o satélite se coloca entre nosso planeta e o Sol, voltando a face iluminada para longe de nós. O disco lunar fica invisível no céu noturno.

Lua Crescente: a Lua avança em sua órbita e, aos poucos, a luz solar começa a destacar uma estreita faixa. Quando metade do disco fica visível, configura-se o Quarto Crescente.

Lua Cheia: a Terra passa a situar-se entre Sol e Lua, permitindo que a íntegra do hemisfério lunar voltado para nós receba iluminação. O objeto surge no horizonte na hora em que o Sol se põe.

Lua Minguante: após o auge luminoso, a área clara regride. No Quarto Minguante, novamente apenas metade do disco permanece iluminada, agora na porção oposta à vista no Crescente.

Hoje: posição dentro do ciclo

O percentual de 84 % de iluminação indica que a Lua se encontra bem avançada na fase Crescente Gibosa. Ainda não é o momento de alinhamento completo que resultará na Lua Cheia, mas a diferença visual já é sutil. Nas próximas noites, a borda escura diminuirá até sumir totalmente.

Por que 84 % importa

Embora pareça um dado numérico isolado, o índice de visibilidade permite prever horários de nascer e pôr da Lua, influenciando atividades de agricultura, pesca e pesquisa científica. Em uma fase tão luminosa, por exemplo, medições de brilho do céu para observatórios astronômicos precisam de ajustes, pois a claridade lunar interfere na observação de objetos celestes tênues.

Interfases e sua duração

Cada porção de sete dias do ciclo lunar traz características específicas:

1. Lua Nova a Quarto Crescente: surgimento do fino arco iluminado.
2. Quarto Crescente a Crescente Gibosa: expansão da luz além dos 50 %.
3. Crescente Gibosa a Lua Cheia: completude do disco.
4. Lua Cheia a Minguante Gibosa: diminuição gradual da luminosidade.
5. Minguante Gibosa a Quarto Minguante: retração até 50 %.
6. Quarto Minguante a Lua Nova: fase final de escuridão crescente.

No momento, o ciclo encontra-se no terceiro segmento, restando, portanto, pouco tempo para o ápice de claridade.

Influência na observação astronômica

A fase gibosa crescente amplia reflexos e pode ofuscar estrelas menos brilhantes. Astrônomos profissionais programam a observação de objetos de céu profundo para dias próximos à Lua Nova, quando a interferência luminosa é mínima. Por outro lado, crateras e mares lunares tornam-se visíveis em alto contraste durante a Crescente e a Minguante, pois a luz lateral produz sombras que realçam relevo.

Próximos marcos do mês

A seguir, os eventos que fecharão o calendário lunar de novembro de 2025:

• 5/11 — Lua Cheia: formação do alinhamento Terra–Lua–Sol que gera o disco iluminado por completo. A fase coincide com nascer às 18h03 (aproximado) e pôr às 06h08 do dia seguinte, variando conforme a região.

• 12/11 — Lua Minguante: redução da face clara para 50 %. A Lua surgirá por volta da meia-noite e se porá durante o meio-dia.

• 20/11 — Lua Nova: o satélite ficará invisível. Esse alinhamento abre a possibilidade de observação do céu profundo e, se as condições atmosféricas permitirem, chuva de meteoros pouco ofuscada.

• 29/11 — Lua Crescente: reinício do processo de expansão da luz, repetindo o ciclo que hoje atinge quase a Lua Cheia.

Relação simbólica contida nas fases

O conteúdo divulgado pelo Inmet também menciona tradições que associam cada etapa lunar a conceitos de desenvolvimento de projetos:

• Lua Nova: recomeços e planejamento.
• Lua Crescente: crescimento e construção.
• Lua Cheia: plenitude e culminação de esforços.
• Lua Minguante: revisão e conclusão de ciclos.

Essas interpretações são históricas e estão presentes em calendários agrícolas e em culturas diversas, embora não influenciem as medições astronômicas propriamente ditas.

Resumo prático para o observador

Quem olhar para o céu nesta noite de 2 de novembro encontrará uma Lua praticamente redonda, com ligeira sombra na borda leste. A tendência é de iluminação total em três dias. Até lá, a porcentagem de luz refletida aumentará cerca de 5 % por noite, levando ao disco completo na manhã de quarta-feira. Depois, o ciclo entrará na fase de declínio, encerrando-se com a Lua Nova de 20 de novembro e reiniciando o processo de expansão luminosa no dia 29.