Novo recurso do Facebook usa IA para vasculhar galeria de fotos e sugerir publicações

Novo recurso do Facebook usa IA para vasculhar galeria de fotos e sugerir publicações

O Facebook apresentou um recurso que coloca a inteligência artificial (IA) no centro da criação de conteúdo dentro da rede social. A novidade, anunciada em 17 de outubro de 2025, é capaz de percorrer toda a galeria de fotos do dispositivo móvel do usuário e, a partir dessa varredura, sugerir publicações que podem ser compartilhadas no feed ou no formato de Stories. A ferramenta é opcional, permanece desativada por padrão e, inicialmente, está disponível apenas para perfis localizados nos Estados Unidos e no Canadá.

Índice

Quem está por trás da iniciativa

A Meta, empresa controladora do Facebook, é a responsável pelo desenvolvimento da funcionalidade. De acordo com a companhia, a solução foi concebida para reduzir o atrito entre o registro de momentos cotidianos e o ato de publicá-los na plataforma. Segundo o comunicado oficial, muitas pessoas capturam fotos e vídeos, porém deixam esse material armazenado no aparelho por não julgarem o conteúdo “compartilhável” ou por falta de tempo para editar as imagens.

O que faz o novo recurso

O mecanismo de sugestão funciona em duas frentes. Primeiro, ele identifica fotos ou vídeos considerados relevantes pela IA. Em seguida, apresenta ao usuário esses itens em dois formatos principais: colagens que agrupam registros similares ou sequenciais e edições criativas que incluem ajustes de cor, filtros, recortes e até pequenos clipes em vídeo. Todo o processo ocorre automaticamente, sem necessidade de conhecimento técnico por parte do usuário.

Quando a sugestão é gerada, somente o titular da conta tem acesso ao resultado. Nenhum contato visualiza as montagens ou as edições até que haja uma autorização explícita para a publicação. Dessa forma, o Facebook busca manter o controle de divulgação nas mãos do usuário, mesmo após a análise automatizada de toda a galeria.

Quando e onde a funcionalidade está ativa

A apresentação oficial ocorreu em 17 de outubro de 2025. Na fase inicial de testes, a Meta restringiu o recurso a contas dos Estados Unidos e do Canadá. A empresa indica que pretende expandir a disponibilidade para outras regiões nos próximos meses, mas não fornece um cronograma fechado. Até o momento, não há confirmação de integração semelhante no Instagram, outra plataforma pertencente ao mesmo grupo empresarial.

Como o processo de sugestão é executado

Para que a inteligência artificial avalie a galeria do dispositivo, é necessário conceder acesso total às imagens capturadas pela câmera do celular. O procedimento começa com uma solicitação de permissão exibida na tela do aplicativo. Caso o usuário aceite os termos, o sistema passa a monitorar, de forma contínua, novos arquivos adicionados ao rolo da câmera.

Dentro do aplicativo, as recomendações aparecem em um espaço dedicado à criação de conteúdo. Ao abrir essa área, o usuário encontra miniaturas das colagens e dos clipes gerados, acompanhadas de opções para editar, publicar ou ignorar cada sugestão. Além disso, a pessoa pode habilitar ou desabilitar a função a qualquer momento no menu “Configurações do rolo da câmera”, localizado dentro da seção de criação de Stories.

Por que a Meta aposta nessa estratégia

O objetivo declarado da empresa é estimular a frequência de postagens. Ao remover a etapa manual de seleção e edição, a Meta espera que momentos considerados triviais, mas ainda assim relevantes, sejam compartilhados com maior regularidade na plataforma. A companhia enfatiza que o avanço da IA permite transformar registros “esquecidos” em conteúdo potencialmente atraente, o que poderia aumentar o engajamento geral e o tempo de permanência dos usuários no aplicativo.

Quais dados são utilizados

A análise envolve o conjunto completo de fotos salvas localmente no aparelho, não apenas as imagens previamente enviadas ao Facebook. Esse acesso amplo é crucial para que a IA consiga identificar padrões, rostos, objetos e eventos presentes em todo o acervo do usuário. No entanto, a Meta afirma que esse material não será incorporado ao treinamento da Meta AI, sua plataforma de modelos de linguagem e visão computacional, a menos que o usuário edite ou compartilhe o conteúdo por meio das ferramentas de IA oferecidas dentro da rede social.

Privacidade e controle do usuário

Segundo a Meta, a funcionalidade só é ativada mediante consentimento explícito. O pedido de autorização surge em duas situações: quando o recurso é apresentado pela primeira vez na interface ou quando o usuário navega até a área de configurações e ativa a opção manualmente. Em qualquer momento, é possível revogar a permissão e interromper a análise automática das imagens.

Além disso, a companhia destaca que as recomendações são geradas e armazenadas localmente até o momento em que o usuário decide publicá-las. Se a pessoa optar por ignorar uma sugestão, o conteúdo permanece privado e não é compartilhado com servidores remotos. Caso ela utilize recursos adicionais de edição da Meta AI, o ato implica a concordância para que a imagem seja processada em nuvem, o que envolve coleta temporária dos dados necessários para executar o serviço.

Etapas para ativar ou desativar a função

1. Abrir o Facebook e tocar em "Criar Story".

2. Acessar “Configurações do rolo da câmera”.

3. Localizar a chave de ativação do recurso de sugestões automatizadas.

4. Alternar a chave para habilitar ou desabilitar a análise de fotos.

5. Confirmar a escolha, lendo os termos apresentados na tela.

Impacto para quem prefere não compartilhar tudo

O posicionamento oficial da Meta indica que a empresa tenta equilibrar conveniência e privacidade. Usuários que não desejam qualquer forma de varredura podem simplesmente manter a chave desabilitada. Para aqueles que ativarem a função, o benefício imediato é a economia de tempo na criação de postagens. Em contrapartida, é necessário ceder visibilidade integral à galeria local, ainda que sob a promessa de que o conteúdo permaneça privado até a publicação.

Disponibilidade futura e possíveis expansões

A Meta informa que o desempenho do recurso nos mercados norte-americanos servirá como parâmetro para determinar uma eventual ampliação global. Fatores como taxa de adoção, engajamento gerado a partir das colagens e feedback sobre privacidade serão avaliados antes de liberar a ferramenta para outros países. Ainda não há sinalização de integração com o Instagram, embora essa possibilidade não esteja descartada, pois ambas as plataformas compartilham infraestrutura e, em alguns casos, recursos semelhantes de IA.

Por enquanto, o Facebook concentra os testes nos Estados Unidos e no Canadá, onde usuários selecionados já veem as sugestões ao abrir o aplicativo. Com base no cronograma divulgado, a companhia pretende monitorar o uso ao longo dos próximos meses para, então, tomar decisões sobre ajustes, novas funcionalidades e alcance territorial.

Resumo do funcionamento

• Função opcional que permanece desativada por padrão.

• IA percorre todas as fotos do dispositivo para criar colagens, edições e clipes.

• Sugestões ficam visíveis apenas para o dono da conta até que ele decida publicar.

• Disponível, neste momento, apenas nos EUA e no Canadá.

• Permissão pode ser revogada a qualquer instante nas configurações.

• Meta afirma que, sem edição via Meta AI, as imagens não são utilizadas no treinamento de modelos.

Com a novidade, o Facebook reforça a aposta em recursos automatizados para aumentar a quantidade de conteúdo gerado na plataforma. Resta aos usuários avaliar o equilíbrio entre conveniência e privacidade antes de habilitar a funcionalidade.

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