OpenAI fecha acordo com Broadcom para chips de IA

OpenAI fecha acordo com Broadcom para desenvolver e implantar processadores personalizados de inteligência artificial, em operação avaliada em bilhões de dólares e prevista para entregar 10 GW de capacidade de computação nos próximos quatro anos.
A parceria, anunciada nesta quarta-feira (12), consolida 18 meses de trabalho conjunto entre as empresas no aperfeiçoamento de chips de inferência conectados pela pilha Ethernet da Broadcom. O novo contrato amplia o escopo para incluir design de servidores, sistemas de memória e infraestrutura de rede.
OpenAI fecha acordo com Broadcom para chips de IA
De acordo com estimativas da Reuters, os 10 GW anunciados equivalem ao consumo elétrico de mais de oito milhões de residências norte-americanas. A meta é ter os sistemas prontos a partir do segundo semestre de 2026 e plenamente operacionais até dezembro de 2029, tanto em data centers próprios quanto de parceiros estratégicos.
Ao comentar o acordo em um podcast divulgado pela empresa, o CEO Sam Altman afirmou que produzir chips próprios é “controlar o próprio destino”. Segundo ele, a personalização trará ganhos de eficiência que resultarão em modelos mais rápidos, de desempenho superior e custo reduzido.
Greg Brockman, presidente da OpenAI, revelou que a equipe tem usado modelos de IA internos para otimizar o desenho dos componentes. “Reduzimos significativamente a área de silício e encontramos novas formas de aperfeiçoar o design”, disse.
O contrato eleva para 26 GW a capacidade de computação já contratada pela OpenAI junto a fornecedores como Nvidia e AMD. Atualmente a companhia opera pouco mais de 2 GW, suficientes para rodar o ChatGPT, o gerador de vídeos Sora e projetos de pesquisa, mas planeja atingir 250 GW até 2033.
A Broadcom, cujo valor de mercado ultrapassa US$ 1,5 trilhão após uma valorização de 40% em 2024, consolida-se como fornecedora-chave de infraestrutura de IA. Para o CEO Hock Tan, a personalização de chips é um passo natural diante da rápida evolução dos modelos generativos.
No curto prazo, a OpenAI deverá buscar novas fontes de financiamento, já que o investimento em data centers pode superar US$ 10 trilhões na próxima década. Mesmo assim, Altman aposta em demanda exponencial por “inteligência de alta qualidade, rápida e barata”.
O avanço reforça a tendência de grandes desenvolvedores assumirem o controle do hardware para garantir escala e competitividade em IA generativa.
Para saber como a tecnologia vem moldando outros setores, visite nossa editoria de Ciência e tecnologia e acompanhe as próximas atualizações.
Imagem: Ascannio / Shutterstock.com
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Postagens Relacionadas