Febre: entenda causas, sintomas e quando buscar ajuda médica

Febre é um aviso de que o organismo está em alerta, elevando a temperatura para combater microrganismos ou responder a processos inflamatórios.

Quando o termômetro ultrapassa 37,8 °C (via oral) ou 38 °C (retal), o hipotálamo — nosso “termostato” cerebral — recebe dos pirógenos a ordem de ajustar o ponto de equilíbrio térmico. Calafrios, suor, dor de cabeça e batimentos cardíacos acelerados costumam acompanhar essa reação natural.

Febre: entenda causas, sintomas e quando buscar ajuda médica

Infecções virais como gripe, Covid-19 e dengue lideram as causas de febre. Bactérias que provocam pneumonia, amigdalite ou infecção urinária também elevam rapidamente a temperatura, enquanto doenças autoimunes, medicamentos, insolação e alguns tipos de câncer geram quadros persistentes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria dos episódios se resolve em até três dias, mas temperaturas acima de 40 °C ou sintomas como rigidez na nuca, confusão mental e manchas na pele exigem avaliação imediata.

Nem toda febre deve ser combatida. Se estiver perto de 38 °C e houver pouco desconforto, hidratação, repouso e banho morno auxiliam na recuperação. Antitérmicos — dipirona, paracetamol ou ibuprofeno — só devem ser usados com orientação médica. Em crianças, a aspirina é contraindicada pelo risco de síndrome de Reye.

Bebês de até três meses precisam de avaliação rápida ao primeiro sinal de febre. Idosos e imunossuprimidos merecem atenção redobrada, pois podem evoluir para infecções graves. Entre 6 meses e 5 anos, a convulsão febril é comum, mas raramente deixa sequelas; ainda assim, requer investigação para descartar meningite ou outras doenças severas.

A precisão na medição é essencial. O método axilar é o mais usado, porém registra cerca de 0,5 °C a menos que a temperatura real. Para lactentes, o termômetro retal é o padrão-ouro, enquanto aparelhos infravermelhos oferecem rapidez se bem posicionados.

Procure atendimento de urgência se a febre ultrapassar 39,5 °C, durar mais de 72 horas ou vier acompanhada de falta de ar, convulsões ou alterações cutâneas. Embora temperaturas acima de 41 °C possam causar danos celulares, esses casos são raros quando a avaliação é precoce.

Compreender a febre como aliada — e não inimiga — ajuda a decidir quando observá-la, quando medicar e quando buscar ajuda profissional.

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Imagem: Polina Tankilevitch / Pexels