12 franquias da Paramount que revelam o poder do estúdio na guerra do streaming

O anúncio de uma proposta da Paramount para adquirir a Warner Bros. Discovery colocou o mercado audiovisual em alerta máximo. O lance, apresentado no início de dezembro de 2025, é mais alto que o acordo bilionário já firmado entre a própria Warner e a Netflix, inaugurando uma fase de incerteza sobre quem comandará alguns dos maiores catálogos do mundo. No cerne dessa movimentação, estão as franquias da Paramount, um conjunto de marcas que revela a musculatura de um estúdio fundado em 1912 e hoje atuante também nos serviços Paramount+ e Pluto TV.

Entenda a disputa corporativa que evidencia as franquias da Paramount

A ofensiva recente transformou o setor em uma batalha de peso pesado. De um lado, a Netflix, líder de streaming, busca incorporar títulos da Warner para ampliar exclusividades. Do outro, a Paramount, reforçada por novos investidores, argumenta que sua oferta pode gerar valor maior a acionistas, criadores e consumidores. Para sustentar essa narrativa, o estúdio exibe um inventário diversificado que vai muito além das produções lembradas de imediato. É nesse conjunto que se encontram doze séries e sagas que, muitas vezes, o público não associa diretamente ao grupo, mas que funcionam como trunfos decisivos.

Franquias da Paramount para o público infantil e familiar

O domínio sobre produções voltadas a crianças, adolescentes e famílias começa com Bob Esponja Calça Quadrada. A animação ambientada na Fenda do Biquíni rendeu filmes, especiais, parque temático e uma linha interminável de produtos licenciados, garantindo presença multigeracional em TV, cinema e streaming.

No mesmo segmento, Avatar: A Lenda de Aang se destaca por combinar fantasia, filosofia e artes marciais em um universo expansível. A série original gerou continuações animadas e quadrinhos, mantendo um fandom altamente engajado que responde a cada relançamento nas plataformas digitais.

Fechando o bloco familiar, as Tartarugas Ninja oferecem nostalgia e renovação. Desde os quadrinhos dos anos 1980 até reboots recentes, a marca permite projetos em animação, live-action e games, adaptando-se a públicos infantis e adultos sem perder reconhecimento instantâneo.

A força das franquias da Paramount na ação e aventura

O estúdio também exibe fôlego nas telonas com produções de grande escala. Transformers, originada de brinquedos, converteu explosões e robôs metamorfos em bilhões de dólares em bilheteria, além de parcerias globais com montadoras.

Outra bandeira de ação é Top Gun. O filme de 1986 consolidou a imagem de aviões de combate na cultura pop, e o retorno com “Top Gun: Maverick” revalidou a franquia como sucesso pós-pandemia, unindo espectadores de diferentes gerações.

O pilar talvez mais representativo dessa categoria é Missão Impossível. Adaptada de série de TV, a saga estrelada por Ethan Hunt coloca cenas práticas arriscadas como assinatura, garantindo presença recorrente nos calendários de estreias globais.

Diversificação: franquias da Paramount em drama e terror

Nem só de blockbusters vive a companhia. Dexter é um exemplo de drama adulto que explora moralidade complexa ao acompanhar um perito forense que atua como serial killer seletivo. A atração, exibida originalmente pela Showtime, ganhou revival e continua referência na era de anti-heróis televisivos.

No terror, Pânico (Scream) reinventou o slasher na década de 1990 ao dialogar com as próprias convenções do gênero. A máscara Ghostface, os múltiplos reboots e elencos renovados mantiveram a série atual, especialmente durante maratonas de Halloween em streaming.

Comédia e animação adulta também estão no catálogo de franquias da Paramount

Entre as animações voltadas ao público maduro, South Park se destaca por sátiras que atravessam política, celebridades e cultura digital. A longevidade da produção, acompanhada de especiais exclusivos para streaming, demonstra a capacidade da Paramount de sustentar relevância por décadas em um nicho competitivo.

Já o universo de Sonic the Hedgehog prova a versatilidade do estúdio em adaptar propriedades originalmente ligadas aos games. Após corrigir o design do protagonista no primeiro trailer, o estúdio emplacou sucessos consecutivos nos cinemas e confirmou que o público deseja ver mais personagens eletrônicos na telona.

Produções seriadas: como algumas franquias da Paramount dominam a TV

O setor de séries procedurais é representado por CSI. A combinação de investigação policial e ciência forense inaugurou spin-offs como “CSI: Miami” e “CSI: NY”, acumulando centenas de episódios que alimentam grades de programação e catálogos on-demand.

Outro fenômeno serial é Yellowstone. O drama ambientado em uma fazenda de gado em Montana gerou spin-offs ambientados em diferentes períodos históricos, consolidando um universo que atrai espectadores interessados em sagas familiares, política local e estética de faroeste contemporâneo.

Por que essas franquias da Paramount importam na possível fusão com a Warner

Reunidas, as doze propriedades expõem a amplitude de audiência que o estúdio pode atender. Do infantil ao horror, do drama ao procedural, as franquias da Paramount formam um catálogo de alto valor estratégico que sustenta assinaturas, licenciamento de produtos e bilheteria mundial. Em uma negociação que envolve o controle de HBO, redes de TV e estúdios de cinema, ter esse arsenal melhora a posição da empresa ao justificar sinergias e receitas potenciais.

O futuro dessa disputa continua sem desfecho oficial, mas o que já se sabe é que qualquer decisão que envolva Paramount, Warner Bros. Discovery e Netflix impactará diretamente universos como Bob Esponja, Missão Impossível e Yellowstone. Novas etapas do processo devem ser divulgadas nos próximos meses, quando conselhos de administração das companhias analisarem as propostas em detalhe.