Zaanse Schans cobra taxa de entrada de €17,50 a turistas

Zaanse Schans cobra taxa de entrada de €17,50 a turistas

Zaanse Schans taxa de entrada passará a ser realidade a partir da próxima primavera no Hemifério Norte. O pequeno vilarejo histórico, famoso pelos moinhos de vento do século XVII, decidirá controlar o fluxo turístico cobrando €17,50 (cerca de US$20,50) de cada visitante de fora da região.

Em 2023 foram 2,6 milhões de turistas — número que deve saltar para 2,8 milhões este ano — em um lugar com apenas 100 moradores. A prefeitura considera o volume insustentável, alegando falta de infraestrutura e invasão de privacidade dos residentes.

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Zaanse Schans cobra taxa de entrada de €17,50 a turistas

A diretora do museu local, Marieke Verweij, lembra que em 2017 o vilarejo recebeu 1,7 milhão de pessoas. “Não há espaço para todos”, afirma. Segundo ela, alguns visitantes entram em jardins particulares, batem a porta das casas e usam bastões de selfie para espiar o interior das residências.

Como funcionará a cobrança

O acesso terá de ser reservado e pago on-line, modelo semelhante ao adotado por museus após a pandemia. O valor engloba dois ingressos atualmente vendidos à parte: entrada no museu — onde há uma pintura dos moinhos feita por Claude Monet em 1871 — e visita ao interior dos moinhos, que ainda exibem máquinas históricas de moagem de grãos, pigmentos e serragem de madeira.

Destino da arrecadação

Se apenas metade dos turistas continuar aparecendo após a taxa, a receita anual chegaria a cerca de €24,5 milhões. A prefeitura pretende investir em manutenção dos moinhos, construção de novos banheiros públicos e outras melhorias de infraestrutura.

Comerciantes temem queda no movimento

Lojistas e restaurantes mostram preocupação. Sterre Schaap, coproprietária da loja de presentes Trash and Treasures, avalia que famílias de quatro pessoas poderão gastar até €100 somando estacionamento e ingressos, restando pouco para compras. Os estabelecimentos — muitos em casas datadas do século XVII — atraem visitantes com funcionários em trajes tradicionais, degustações de queijos e demonstrações de fabricação de tamancos.

Exemplos pelo mundo

Cobranças semelhantes existem em destinos como Veneza, que adotará €5 para excursionistas, e o Butão, que exige taxa diária dos turistas, lembra a professora de turismo Rachel Dodds em declaração à BBC News. Entretanto, vilarejos que cobram entrada continuam raros; entre os poucos casos estão Clovelly (Reino Unido) e Civita di Bagnoregio (Itália).

No balcão de um dos moinhos, visitantes dividem opiniões: enquanto alguns consideram o preço alto “apenas para ver alguns moinhos”, outros acreditam que a medida trará uma experiência mais completa e preservará o charme do local.

Resta saber se, quando os ônibus chegarem na próxima temporada, os turistas estarão prontos para apresentar o ingresso digital junto ao cartão postal perfeito. O sucesso da iniciativa poderá servir de modelo para outras localidades pressionadas pelo turismo em massa.

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Crédito da imagem: Getty Images

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