YouTube exclui canais infantis e influencer protesta
YouTube exclui canais infantis e influencer protesta
YouTube exclui canais infantis e influencer protesta na sede do Google em São Paulo após a remoção do canal “Bel para Meninas”, decisão que reacende o debate sobre adultização e segurança de menores na internet.
YouTube exclui canais infantis e influencer protesta
Bel Peres, 18 anos, convocou fãs para um ato nesta sexta-feira (29/08/2025) em frente ao escritório do Google, em São Paulo. A criadora teve o canal encerrado em 20 de agosto, quando a plataforma concluiu que o conteúdo violava políticas de segurança infantil. Segundo a youtuber, trechos de vídeos “foram manipulados ou tirados de contexto”.
A exclusão ocorreu após o influenciador Felca publicar vídeo que denunciava possível exploração infantil em canais populares. No material, ele apontou momentos em que Bel, ainda com 12 anos, seria exposta a situações desconfortáveis em busca de engajamento. A repercussão levou o YouTube a remover também os perfis João Caetano, Taspio e Paty e Dedé. Estimativas de veículos especializados apontam que entre 15 mil e 18 mil canais foram desativados, número não confirmado oficialmente.
Em nota ao portal TecMundo, um porta-voz da rede reforçou que conteúdos que envolvam menores em contextos de violência ou sexualidade são proibidos. As diretrizes de segurança infantil indicam remoção imediata sempre que tais violações são identificadas.
Os criadores afetados alegam perseguição e falta de transparência. O episódio coincide com o avanço do Projeto de Lei 2628/2022, que busca regulamentar práticas consideradas adultizantes e já foi aprovado pelo Senado, aguardando sanção presidencial.
Para Bel Peres, a solução seria uma análise caso a caso. “Não podemos pagar por interpretações distorcidas”, declarou em suas redes sociais. A influencer prometeu recorrer da decisão e afirma ter arquivado todo o material para eventual auditoria.
No protesto, apoiadores exibiam cartazes pedindo “justiça para canais familiares” e solicitando maior diálogo entre criadores e plataforma. Procurado novamente, o YouTube disse manter “canal aberto” para recursos, mas não informou prazos para revisões.
A discussão sobre como proteger crianças na internet deve ganhar novos capítulos nas próximas semanas, tanto no âmbito legislativo quanto nas políticas internas de grandes empresas de tecnologia.
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Crédito da imagem: TecMundo

Imagem: Internet