Atualização do WhatsApp para Windows 11 eleva consumo de RAM e substitui app nativo por versão baseada em Chromium

Atualização do WhatsApp para Windows 11 eleva consumo de RAM e substitui app nativo por versão baseada em Chromium

O aplicativo do WhatsApp para computadores com Windows 11 passou por uma mudança estrutural significativa no início de novembro. A Meta retirou de circulação o software nativo e o trocou por um programa construído sobre o motor Chromium, basicamente um contêiner que carrega a interface web do mensageiro. Testes divulgados pelo portal Windows Latest indicam que a transição resultou em aumento expressivo no consumo de memória RAM, com picos de até 3 GB e diversos reflexos na experiência de uso.

Índice

Substituição do aplicativo nativo

Até a primeira semana de novembro, usuários do sistema operacional da Microsoft contavam com um cliente nativo, desenvolvido especificamente para Windows. Esse programa, agora descontinuado, era executado sem recorrer a um navegador embutido. A versão recém-lançada, disponibilizada em 5 de novembro na Microsoft Store sob o número de compilação 2.2584.3.0, rompe com esse modelo. Ao adotar o Chromium, o aplicativo passa a funcionar como uma instância do WhatsApp Web empacotada em formato desktop, mantendo a mesma aparência, porém com infraestrutura distinta.

Método dos testes de desempenho

Para avaliar o impacto da alteração, a equipe do Windows Latest executou medições comparativas em duas situações: tela de login, antes do pareamento da conta, e uso cotidiano com múltiplos bate-papos já sincronizados. As leituras de consumo de memória foram realizadas em condições ociosas e durante a abertura de conversas, gerando um panorama entre a antiga solução nativa e o novo executável baseado em Chromium.

Comparativo de uso de memória

Os resultados revelaram discrepâncias acentuadas. Na tela de autenticação, o novo aplicativo registrou 300 MB de RAM mesmo sem qualquer interação do usuário. No cenário equivalente, o cliente anterior utilizava 18 MB, caindo para 10 MB quando completamente ocioso. Após o login, as diferenças tornaram-se ainda mais marcantes. Para carregar o histórico de mensagens, o software reformulado alcançou 2 GB de RAM, estabilizando em torno de 1,2 GB quando relegado ao segundo plano. Já o aplicativo nativo mantinha-se na faixa de 190 MB na maioria das ocasiões, com picos esporádicos de 300 MB e, em repouso, menos de 100 MB.

Em perfis que concentram grande volume de conversas, o consumo do novo executável chegou a 3 GB de RAM. O dado é mais de quinze vezes superior aos valores mínimos observados na versão retirada de circulação, sugerindo que o motor Chromium exige um orçamento de memória consideravelmente maior para lidar com a mesma quantidade de informações.

Impacto na experiência do usuário

Na prática, o aumento do uso de recursos reflete-se em lentidão perceptível. Segundo o levantamento, o tempo necessário para exibir os chats foi ampliado, dificultando a alternância rápida entre janelas de conversa. Também foram detectados atrasos nas notificações, falta de sincronização com o modo Não Perturbe do sistema e travamentos pontuais ao carregar anexos. Essas ocorrências impactam especialmente quem mantém o mensageiro aberto em paralelo a outras tarefas, pois a memória adicional ocupada pelo aplicativo reduz o espaço disponível para processos simultâneos.

Possíveis razões apontadas

O Windows Latest associa os problemas à recente reestruturação interna da Meta. A publicação especula que cortes de pessoal na equipe responsável pelo WhatsApp teriam levado a companhia a direcionar esforços para a versão web, considerada mais simples de manter de forma unificada. A empresa, no entanto, não confirmou qualquer relação entre demissões e a adoção do Chromium no ambiente Windows.

Formas de evitar ou contornar a atualização

Quem ainda utiliza o cliente antigo pode postergar a migração omitindo a atualização na Microsoft Store. Essa alternativa, contudo, tem prazo limitado. A reportagem lembra que todos os perfis serão desconectados automaticamente em algum momento e, para continuar usando o serviço no desktop, a instalação do novo aplicativo será obrigatória. Como contingência, permanece válida a utilização direta do WhatsApp Web em um navegador de preferência, dispensando download adicional e oferecendo funcionamento próximo da experiência original.

Detalhes da distribuição

A compilação 2.2584.3.0 é entregue gradualmente e já aparece para a maioria dos usuários na loja de aplicativos do Windows. Ao instalar o pacote, o utilizador percebe interface idêntica à do site, com menu lateral, lista de conversas e suporte ao envio de arquivos, emojis e chamadas de voz. A principal mudança permanece nos bastidores: o Chromium provê a renderização de todas as telas, processo que, como demonstrado, demanda volumes de memória superiores ao motor nativo anteriormente empregado.

Reação dos usuários e cenário futuro

Relatos em fóruns e redes sociais repercutem as conclusões dos testes, com queixas sobre uso de RAM e notificações atrasadas. Não há, até o momento, indicações de que a Meta planeje reverter a decisão ou oferecer opção oficial para manter a versão descontinuada. Assim, a perspectiva imediata aponta para ajustes incrementais na eficiência da nova base de código, à medida que feedbacks de desempenho chegam aos desenvolvedores.

Enquanto isso, a recomendação para quem depende do mensageiro durante atividades profissionais é monitorar o impacto na memória e, se necessário, recorrer ao site oficial em um navegador leve ou limitar a quantidade de chats abertos simultaneamente. Como a mudança decorre de uma estratégia de unificação tecnológica, modificações adicionais poderão ocorrer conforme a empresa refina o aplicativo e recolhe métricas sobre o comportamento em diferentes configurações de hardware.

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