Visita de Estado de Trump ao Reino Unido foca em comércio

Visita de Estado de Trump ao Reino Unido marca o retorno do presidente dos Estados Unidos a Londres para uma agenda de dois dias centrada em comércio, tecnologia e apoio à Ucrânia. A expectativa do governo britânico é anunciar um acordo bilionário no setor de tecnologia que simbolize a solidez do vínculo transatlântico, apesar das divergências sobre tarifas e conflitos internacionais.

A chegada ocorreu nesta terça-feira, acompanhada de todo o cerimonial real: carruagens, guarda de honra e um banquete em um castelo milenar. O rei Charles III receberá Trump em Windsor na quarta-feira, e o primeiro-ministro Keir Starmer conduzirá as conversas oficiais na quinta, em Chequers, residência rural do premiê.

Visita de Estado de Trump ao Reino Unido foca em comércio

Segundo o gabinete de Starmer, a parceria entre Reino Unido e Estados Unidos permanece “a mais forte do mundo”, baseada em 250 anos de história e princípios de livre mercado. A Casa Branca, citada por um funcionário que pediu anonimato, espera “aprofundar a relação” e celebrar o 250.º aniversário da independência norte-americana em 2026.

Trump — primeiro presidente dos EUA a receber um segundo convite oficial desse tipo — disse que Windsor Castle “é incrível” e declarou estar “muito entusiasmado” com a recepção. O magnata, conhecido pela preferência por cenários suntuosos, já ornamentou o Salão Oval com detalhes dourados e planeja um salão de festas na Casa Branca, sinalizando sintonia com a pompa britânica.

Nos encontros, Trump e Starmer pretendem assinar uma parceria tecnológica que envolve investimentos em energia nuclear, ciências da vida e centros de dados de inteligência artificial. Líderes empresariais como Jensen Huang, da Nvidia, e Sam Altman, da OpenAI, integram a delegação norte-americana.

O comércio também domina as conversas. Em maio, os países reduziram tarifas sobre automóveis e aeroespacial britânicos, mas ainda negociam setores como farmacêutico, aço e alumínio. “Eles querem um acordo um pouco melhor”, comentou Trump antes de embarcar. O site da Casa Branca confirma que avanços serão buscados durante a visita.

Questões geopolíticas adicionam tensão. Starmer tenta manter o apoio de Washington à Ucrânia, enquanto Trump tem evitado novas sanções à Rússia, mesmo após drones russos invadirem espaço aéreo da Polônia, membro da OTAN. Diferenças também surgem sobre o conflito Israel-Hamas: Londres planeja reconhecer oficialmente o Estado palestino na ONU ainda este mês.

O cenário doméstico britânico está turbulento. O premiê demitiu o embaixador em Washington, Peter Mandelson, por ligações com Jeffrey Epstein—a mesma pessoa cuja relação com Trump volta a ser questionada. Somam-se a isso a renúncia da vice-primeira-ministra Angela Rayner por erro fiscal e a saída de um assessor por mensagens inadequadas, fragilizando o governo trabalhista.

Ainda assim, analistas veem na visita uma oportunidade para Starmer projetar imagem de estadista, mesmo ao lado de um líder pouco popular na Europa. A escolha de Windsor e Chequers, longe de Londres, limita protestos programados contra Trump e reforça o roteiro diplomático.

No encerramento da agenda, espera-se um comunicado conjunto reforçando cooperação em defesa, finanças e pesquisas de ponta, sinal de que a special relationship resiste a ventos políticos e ideológicos.

Quer saber como avanços em IA podem influenciar futuros acordos globais? Visite nossa editoria de Ciência e tecnologia e continue acompanhando as tendências que moldam a economia mundial.

Crédito da imagem: Global News

Posts Similares

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.