Violação do espaço aéreo da Estônia mobilizou Talin nesta sexta-feira (12). Três caças russos MIG-31 entraram na área soberana do país báltico sem autorização e permaneceram ali durante 12 minutos, informou o Ministério das Relações Exteriores estoniano.
A chancelaria convocou o encarregado de Negócios da Rússia para entregar nota de protesto, classificando a incursão como “descaradamente sem precedentes”. Segundo o ministro Margus Tsakhna, já são quatro violações em 2024, mas esta foi a mais grave por envolver múltiplas aeronaves militares.
Violação do espaço aéreo da Estônia por caças russos
O Estado-Maior estoniano detalhou que os aviões adentraram a região da ilha de Vaindloo, no Golfo da Finlândia, sem plano de voo, com transponders desligados e sem comunicação de rádio com o controle de tráfego. Caças F-35 da Força Aérea italiana, destacados para a missão de policiamento aéreo da OTAN no Báltico, foram acionados para acompanhar os invasores.
Tsakhna defendeu resposta firme da comunidade internacional: “Os testes de limites empreendidos pela Rússia e sua agressividade crescente exigem aumento rápido da pressão política e econômica”, afirmou. A tensão ocorre pouco mais de uma semana depois de drones russos terem sido abatidos sobre a Polônia, o que levou a OTAN a reforçar a defesa do flanco leste. O bloco militar, por meio de comunicados anteriores, destaca que qualquer violação territorial a um Estado-membro é considerada incidente de alta gravidade (NATO).
Especialistas veem na manobra parte da estratégia de Moscou de testar a prontidão aliada enquanto a guerra na Ucrânia se prolonga. Desde a invasão em fevereiro de 2022, episódios semelhantes ocorreram na Romênia, na Lituânia e na própria Polônia, alimentando receios de escalada involuntária.
O governo estoniano reforçou que continuará a documentar cada incursão para futuros passos diplomáticos e possíveis sanções adicionais contra Moscou. Entretanto, até o momento, autoridades russas não comentaram o episódio.
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Crédito da imagem: Globalnews.ca
