Vício em celular já não é apenas uma preocupação teórica: 60% dos brasileiros relatam ansiedade quando ficam sem o aparelho, segundo estudo do portal Nomophobia.com divulgado pela Forbes. Esse temor, chamado nomofobia, reflete o papel dominante dos smartphones na rotina moderna.
O mesmo levantamento revela que 87% dos entrevistados admitem dependência do telefone para atividades diárias. Especialistas alertam que reconhecer os sinais precocemente é fundamental para prevenir prejuízos à saúde mental, à produtividade e às relações sociais.
Vício em celular: 5 sinais de alerta que exigem atenção
1. Verificar notificações compulsivamente — A necessidade de checar mensagens, curtidas ou atualizações aciona circuitos de recompensa no cérebro, provocando prazer momentâneo. Com o tempo, essa repetição pode gerar ansiedade, insônia e dificuldade de concentração.
2. Angústia ao ficar sem sinal ou internet — Estar em locais remotos, como um sítio sem conexão, deveria significar descanso. Para quem sofre nomofobia, porém, o cenário provoca irritação e até sintomas físicos, indicando forte dependência tecnológica.
3. Excesso de tempo online — O relatório Digital 2024 aponta que brasileiros passam, em média, 9h32 diárias em dispositivos digitais, sendo 3h37 apenas nas redes sociais. A exposição prolongada reforça comparação social, baixa autoestima e sensação permanente de urgência.
4. Levar o aparelho ao banheiro — O costume aparentemente inofensivo sinaliza a incapacidade de se desconectar nem por alguns minutos. Além de riscos de contaminação por germes, o comportamento evidencia que o smartphone ocupa espaços cada vez mais íntimos.
5. Obsessão com a bateria — Carregar o celular várias vezes ao dia, mesmo com carga acima de 50%, denota medo de ficar offline. A simples visão do nível de energia em queda já pode causar desconforto, reforçando a ansiedade ligada ao uso.
Embora o vício em celular ainda não esteja classificado em manuais médicos, a comunidade científica o estuda como dependência comportamental. Tratamentos incluem acompanhamento psicológico, mudanças de hábito e terapia cognitivo-comportamental. Crianças também estão suscetíveis, pois o uso excessivo pode comprometer desenvolvimento emocional e social.
Para entender a dimensão do problema, a Forbes destaca que a nomofobia cresce à medida que os smartphones se tornam ferramenta de trabalho, lazer e validação social, exigindo atenção de famílias, escolas e empresas.
Se você identificou algum desses sinais, é hora de reavaliar sua relação com a tecnologia. Confira outras dicas sobre bem-estar digital na editoria de inovação da Online Digital Soluções e continue informado.
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