Uso de IA no Ensino Médio cresce e alcança 70% dos alunos

Uso de IA no Ensino Médio cresce e alcança 70% dos alunos é a principal conclusão da 15ª edição do estudo TIC Educação, divulgada nesta terça-feira (16) pelo Cetic.br, braço de pesquisa do NIC.br. O levantamento mostra que sete em cada dez estudantes do ensino médio brasileiro recorrem a ferramentas de inteligência artificial generativa, como ChatGPT e Gemini, para realizar pesquisas escolares.

Apesar da alta adesão, apenas 32% dos jovens afirmam ter recebido orientação pedagógica sobre como empregar a tecnologia em atividades de aprendizagem. Entre os gestores, 40% relatam ter promovido reuniões com professores ou responsáveis para discutir o tema, evidenciando um vácuo na formação digital dentro das escolas.

Uso de IA no Ensino Médio cresce e alcança 70% dos alunos

O estudo ouviu mais de 10 mil participantes e também analisou outras tendências tecnológicas. Embora 96% das instituições possuam acesso à internet, desigualdades persistem: na rede municipal, somente 27% dos alunos utilizam a conexão para atividades solicitadas pelos docentes. Ao mesmo tempo, a proibição de celulares em sala demonstra impacto direto na redução do uso dos aparelhos durante as aulas.

Buscadores perdem espaço para vídeos

Quando pesquisam para trabalhos escolares, 74% dos alunos utilizam motores de busca, percentual quase empatado com os 72% que recorrem a aplicativos e canais de vídeo, como YouTube e TikTok. Fora da escola, 86% dos jovens usam a web para esclarecer dúvidas sobre matérias, enquanto 84% pesquisam conteúdos para trabalhos e 78% praticam habilidades em plataformas digitais.

Formação docente continua desafio

Em média, 54% dos professores participaram, no máximo há um ano, de atividades de desenvolvimento profissional focadas em ferramentas digitais. O dado indica que metade do corpo docente ainda necessita de capacitação constante para acompanhar o ritmo de adoção da IA entre os estudantes.

O relatório completo do Centro Regional de Estudos para a Sociedade da Informação (Cetic.br) aprofunda indicadores regionais e traça série histórica que será comparada nas próximas edições.

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Crédito da imagem: Divulgação