Trump veta entrada da Ucrânia na Otan em acordo de paz

Trump veta entrada da Ucrânia na Otan em acordo de paz

Trump veta entrada da Ucrânia na Otan em acordo de paz. O ex-presidente dos Estados Unidos declarou que o presidente Volodymyr Zelensky “pode encerrar a guerra quase imediatamente” se aceitar manter o país fora da Otan e abrir mão de retomar a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Trump veta entrada da Ucrânia na Otan em acordo de paz

As declarações foram publicadas na plataforma Truth Social, poucas horas antes de Zelensky ser recebido na Casa Branca. Trump enfatizou que “algumas coisas nunca mudam”, repetindo que não haverá “volta” da Crimeia à Ucrânia e “nenhuma entrada na Otan”.

O posicionamento surge após a cúpula entre Trump e Vladimir Putin no Alasca, onde o norte-americano abandonou a exigência de cessar-fogo imediato e passou a defender um acordo de paz definitivo. Conforme relatou o enviado especial Steve Witkoff, Putin teria aceitado discutir garantias de segurança “semelhantes ao Artigo 5” da Otan para a Ucrânia, alternativa que dispensaria a adesão formal de Kiev ao bloco militar.

Putin se opõe há anos à expansão da Aliança Atlântica para o leste europeu. Ainda assim, países-membros haviam prometido em 2023 uma “rota irreversível” para a Ucrânia ingressar na organização. Agora, segundo reportagem da BBC News, a nova proposta poderia substituir essa promessa por um pacto de defesa ocidental específico.

Para discutir o tema, chegam a Washington nesta segunda-feira o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e líderes de Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Finlândia e Comissão Europeia. A reunião, convocada às pressas, é vista por diplomatas como sem precedentes em época de guerra.

Há preocupação europeia de que Zelensky seja pressionado a aceitar condições desfavoráveis, sobretudo sobre as regiões de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, rejeitou essa hipótese, chamando-a de “narrativa estúpida da mídia”. O presidente ucraniano ressalta que a Constituição do país proíbe ceder território e insiste que negociações territoriais só ocorram em encontro trilateral Kiev-Moscou-Washington.

Desde fevereiro de 2022, as tropas russas controlam cerca de 20% do território ucraniano. Paralelamente às conversas diplomáticas, o avanço militar continua, elevando a urgência de um acordo. A coalizão de nações que apoia Kiev afirmou em cúpula virtual, no domingo, que apresentará “frente unida” nas tratativas com Trump.

O desenrolar das reuniões em Washington indicará se a exigência de manter a Ucrânia fora da Otan se consolidará como condição oficial para a paz ou se prevalecerá o caminho já traçado de integração plena ao Ocidente.

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Crédito da imagem: BBC News

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