Trump sugere Exército para controlar fronteiras do Reino Unido foi a manchete provocada por declarações do presidente dos Estados Unidos nesta quinta-feira (06). Durante coletiva que encerrou sua visita de Estado, Donald Trump disse ao primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer, que “não importa chamar as Forças Armadas” para impedir o fluxo de embarcações irregulares pelo Canal da Mancha.
O republicano relatou ter discutido a questão migratória com Starmer na residência oficial de campo, Chequers, onde também abordaram segurança de fronteiras e deportações.
Trump sugere Exército para controlar fronteiras do Reino Unido
No encontro com jornalistas, Trump afirmou que a imigração ilegal “destrói países por dentro” e mencionou as medidas que vem aplicando desde que reassumiu a Casa Branca em janeiro, como o aumento das deportações e o envio de tropas à fronteira sul dos EUA.
Conversas em Chequers destacam imigração e “relação especial”
Ao lado do premiê trabalhista, Trump reforçou que o Reino Unido enfrenta “o mesmo desafio” dos EUA, apontando para as mais de 30 mil travessias já registradas neste ano — recorde para o período. Starmer respondeu que seu governo trata o tema “com enorme seriedade”, citando o primeiro retorno de migrantes à França sob o esquema “um para um”.
Acordo tecnológico mira domínio em inteligência artificial
Apesar da tensa pauta migratória, a dupla anunciou o “tech prosperity deal”, que prevê novos investimentos norte-americanos em inteligência artificial, computação quântica e tecnologias emergentes no Reino Unido. Segundo reportagem da BBC, autoridades dos dois lados esperam que a parceria fortaleça a competitividade frente a outros blocos econômicos.
Divergências sobre Palestina e energia
Trump e Starmer evitaram atritos em público, mas divergiram sobre o reconhecimento do Estado palestino, que o premiê pretende oficializar antes da Assembleia-Geral da ONU. Em outro momento, o presidente norte-americano defendeu que Londres “abra o Mar do Norte” para novas perfurações de petróleo e gás, alegando que os britânicos enfrentam “problemas de preços de energia”.
Ao final da visita, marcada por cerimônias em Windsor e banquete com o rei Charles III, o casal presidencial partiu de Stansted a bordo do Air Force One. Questionada se o giro aumentará a influência britânica em Washington, a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, respondeu: “nenhuma”.
Com a imigração no centro do debate e um acordo de IA no horizonte, os próximos passos de Londres e Washington serão observados de perto por investidores e eleitores.
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Crédito da imagem: EPA