Trump recebe líder da Coreia do Sul após falar em ‘expurgo’

Trump recebe líder da Coreia do Sul após falar em ‘expurgo’

Trump recebe líder da Coreia do Sul após falar em ‘expurgo’ na Casa Branca, virando página de comentários feitos horas antes sobre um alegado “expurgo” político em Seul.

Trump recebe líder da Coreia do Sul após falar em ‘expurgo’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu na segunda-feira (data local) o novo presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, em um encontro marcado por cordialidade, apesar de declarações controversas publicadas pelo norte-americano horas antes nas redes sociais. Trump havia ameaçado “não fazer negócios” com Seul, alegando a existência de uma “purga ou revolução” no país asiático.

A tensão inicial dissipou-se logo na chegada de Lee ao Salão Oval. O mandatário sul-coreano elogiou a decoração recém-atualizada do ambiente e atribuiu a Trump um papel central nos esforços de paz na Península Coreana, chegando a sugerir a construção de um “Trump Tower” na Coreia do Norte.

“É uma grande honra estar com você; parabéns pela eleição, nós o apoiamos cem por cento”, respondeu o líder norte-americano, em tom claramente distinto de sua postagem matinal.

Lee assumiu o cargo em junho, após a destituição do ex-presidente Yoon Suk Yeol, acusado de impor lei marcial. O novo chefe de Estado classificou Yoon como autor de um “autogolpe”, informação que Trump preferiu discutir em privado. O republicano ironizou ao perguntar se o promotor especial que investiga Yoon se chamava “Deranged Jack Smith”, referência ao procurador que conduz processos contra o próprio Trump.

Segundo Lee, as investigações em curso incluem buscas em igrejas e na base aérea de Osan, administrada conjuntamente por Washington e Seul, para apurar a adoção da lei marcial. A polícia já realizou uma operação em um templo liderado por um pastor conservador e em instalações da Igreja da Unificação, acusada de fornecer presentes de luxo à ex-primeira-dama Kim Keon Hee.

Em pauta no encontro também esteve o acordo comercial fechado em julho, que fixa tarifas de 15% para produtos sul-coreanos, após Trump ameaçar elevar a alíquota a 25%. O norte-americano sugeriu converter o contrato de arrendamento da base de Osan em transferência de propriedade dos terrenos para os EUA, proposta ainda sem resposta oficial de Seul.

Antes de Washington, Lee visitou Tóquio para sinalizar alinhamento regional diante das negociações com a Casa Branca. A rápida turnê é vista por analistas como tentativa de reforçar a posição sul-coreana em meio a pressões sobre balança comercial e segurança.

Mais detalhes sobre o cenário político sul-coreano podem ser conferidos em reportagem da BBC, que acompanha as investigações envolvendo o ex-presidente Yoon.

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Crédito da imagem: Global News

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