Trump e Putin no Alasca preocupam Ucrânia, troca de terras
Trump e Putin no Alasca preocupam Ucrânia, troca de terras
Trump e Putin no Alasca preocupam Ucrânia, troca de terras é o pano de fundo da reunião entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, marcada para hoje, sem a presença do líder ucraniano Volodymyr Zelensky. O possível “swap” territorial, ventilado por Donald Trump, gera apreensão em Kiev, onde 95% da população declara desconfiar de Vladimir Putin.
Trump e Putin no Alasca preocupam Ucrânia, troca de terras
Da capital ucraniana, cidadãos acompanham com ceticismo o encontro realizado a mais de 8 000 km de distância. A moradora de Pokrovsk, Tetyana Bessonova, questiona se poderá voltar para casa caso parte do leste seja cedida a Moscou. “Essas decisões podem me impedir de regressar”, lamenta.
Embora o presidente francês Emmanuel Macron tenha dito que nenhuma concessão ocorrerá sem o aval de Kiev, a reunião a portas fechadas alimenta temores. O deputado Oleksandr Merezhko alerta para a imprevisibilidade de Trump: “Ele pode mudar de opinião rapidamente, e isso é perigoso para nós”.
Entre os cenários discutidos estão desde o congelamento das linhas de frente sem reconhecimento formal da anexação até a entrega integral de quatro regiões orientais à Rússia. Pesquisas do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev indicam que 54% dos ucranianos aceitam algum tipo de compromisso territorial — mas apenas com fortes garantias de segurança internacional.
Militares no front veem riscos em qualquer pausa sem garantias. O sniper Volodymyr afirma que um cessar-fogo poderia permitir à Rússia rearmar forças. “Na próxima ofensiva, seria o fim do nosso país”, avalia.
A tensão contrasta com o feriado da Assunção, data em que fiéis buscam consolo espiritual em igrejas como o Mosteiro de São Miguel, em Kiev. O padre Oleksandr Beskrovniy classificou a exclusão de Zelensky como “grande injustiça” e defendeu que o debate se concentre nas pessoas, não apenas na terra.
Para acompanhar a repercussão internacional, a BBC detalha as posições de ambos os líderes. Já na Ucrânia, famílias como a de Luibov Nazarenko priorizam o fim da violência: “Não quero que a juventude morra”.
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Crédito da imagem: EPA

Imagem: bbc.com