A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou esta quarta-feira, 23 de outubro, um plano destinado a impulsionar o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) no país, reduzindo burocracia e exigências regulatórias.
Contratos federais ligados à “objetividade”
O Plano de Ação para a IA prevê que empresas que garantam sistemas “livres de viés ideológico” passem a ter prioridade na celebração de contratos com o governo federal. Uma agência será encarregada de rever as atuais diretrizes, retirando referências a diversidade, inclusão ou alterações climáticas sempre que forem consideradas “desinformação”.
Menos regras para data centers e exportação de tecnologia
Segundo o documento, serão flexibilizadas normas ambientais para a construção de novos centros de dados, apontados como essenciais ao avanço da IA. O governo recomenda ainda que estados com legislação considerada restritiva possam perder acesso a financiamentos federais ligados ao setor.
A estratégia inclui incentivos à exportação de ferramentas norte-americanas de IA. Agências federais deverão apoiar a indústria na venda de pacotes tecnológicos no exterior e conter a influência chinesa no mercado global.
Consulta pública e uso interno da IA
O relatório orienta a recolha de comentários de empresas e cidadãos sobre regulações que dificultem a inovação. Paralelamente, órgãos federais, incluindo o Departamento de Defesa, serão incentivados a adotar soluções de IA nos seus próprios processos.
Três ordens executivas previstas
Fontes próximas da Casa Branca indicam que Trump assinará, ainda esta quarta-feira, três ordens executivas complementares:
- limitar modelos de IA considerados “woke” pelo governo;
- simplificar licenças para construção de data centers;
- mobilizar a agência de financiamento ao desenvolvimento para apoiar a exportação de tecnologias norte-americanas.
Justificação de segurança nacional
No texto, Trump afirma ser “uma questão de segurança nacional que os Estados Unidos alcancem e mantenham uma dominância tecnológica global incontestável” e defende o “poder da inovação americana” para garantir o futuro do país.
O plano também propõe programas de formação para trabalhadores de infraestruturas de IA e estudos sobre o impacto da tecnologia no mercado de trabalho.