Trump propõe paz permanente na Ucrânia após reunião

Trump propõe paz permanente na Ucrânia após reunião

Trump propõe paz permanente na Ucrânia ao defender pular a etapa de um cessar-fogo e partir direto para um acordo definitivo depois de se encontrar com Vladimir Putin, na última sexta-feira.

Trump propõe paz permanente na Ucrânia após reunião

Em mensagem publicada na rede Truth Social, o presidente dos Estados Unidos qualificou a solução como “a melhor forma de acabar com a guerra horrível entre Rússia e Ucrânia”, alegando que cessar-fogos “geralmente não se sustentam”. A declaração marca uma virada em relação à posição divulgada horas antes do encontro no Alasca, quando Trump dizia buscar um cessar-fogo “rápido”.

O novo posicionamento será levado a Volodymyr Zelensky na próxima segunda-feira, quando o líder ucraniano desembarca em Washington. Em ligação telefônica logo após o encontro com Putin, Zelensky reiterou a necessidade de “paz real e duradoura”, mas reforçou que “o fogo precisa cessar” imediatamente.

Até o momento, Kiev vinha condicionando qualquer negociação de longo prazo a um cessar-fogo imediato. De acordo com múltiplos veículos internacionais, Putin apresentou proposta que inclui a entrega total da região de Donetsk — já 70% ocupada por forças russas — em troca da paralisação das linhas de frente e concessões não especificadas. Fontes diplomáticas ouvidas pela emissora CBS News relatam preocupação europeia de que Trump pressione Zelensky a aceitar termos discutidos com Moscou.

Questionado em entrevista à Fox News sobre que conselho daria ao presidente ucraniano, Trump respondeu: “Faça um acordo. A Rússia é uma potência muito grande e eles não”. O comentário ecoa declarações anteriores em que o republicano admitiu “troca de territórios” como parte de uma solução.

Antes da cúpula EUA-Rússia, o chanceler alemão Friedrich Merz conduziu reunião virtual com Zelensky e outros líderes europeus. Em comunicado conjunto, França, Alemanha e Comissão Europeia afirmaram estar “prontos para trabalhar” numa cúpula trilateral que inclua o presidente ucraniano e mantenha “pressão sobre a Rússia”. O primeiro-ministro britânico Keir Starmer elogiou os esforços norte-americanos, mas frisou que “a paz não pode ser decidida sem Zelensky”.

Em Moscou, Putin classificou o encontro com Trump como “muito útil”, afirmando ter apresentado as “raízes” do conflito. Já em Kiev, a recepção foi de ceticismo; veteranos como Serhii Orlyk, da região de Donetsk, disseram sentir-se “arrasados” ao ver a recepção cerimonial ao líder russo.

Os próximos passos serão discutidos no domingo por uma “coalizão de países dispostos”, incluindo Reino Unido, França e Alemanha, em preparação para a agenda de Zelensky na Casa Branca.

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Crédito da imagem: Getty Images

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