Trump homenageia Charlie Kirk em memorial com 100 mil pessoas — Em um tributo marcado por forte tom político, o presidente dos Estados Unidos elogiou o ativista conservador Charlie Kirk como “herói americano” e “mártir” diante de quase 100 mil pessoas, no State Farm Stadium, em Glendale, Arizona.
O culto fúnebre, realizado no último domingo (15), reuniu apoiadores que encararam longas filas e até acamparam para garantir lugar no evento. De chapéus “Make America Great Again” a bandeiras nas cores da nação, o público transformou a cerimônia em um comício vibrante, embalado por bandas cristãs.
Trump homenageia Charlie Kirk em memorial com 100 mil pessoas
Ao assumir o palco, Donald Trump declarou que Kirk, morto a tiros em 10 de setembro enquanto debatia estudantes em Utah, “foi assassinado porque viveu com coragem”. O presidente ainda afirmou: “Ele é um mártir da liberdade americana; a história não o esquecerá”.
Entre os oradores estavam a vice-presidente JD Vance e altos integrantes do governo, como os secretários Marco Rubio (Estado) e Pete Hegseth (Guerra). Todos reforçaram a importância do trabalho do fundador da Turning Point USA, organização que atua em universidades para difundir princípios conservadores.
Erika Kirk, viúva do ativista e recém-empossada CEO da Turning Point USA, emocionou a plateia ao dizer que perdoa o suspeito do crime, Tyler Robinson, 22 anos. “Charlie queria salvar jovens como ele. Respondo ao ódio com amor, porque foi isso que Cristo fez”, declarou.
Perdão e mobilização marcam a cerimônia
Durante quase cinco horas de discursos, parlamentares e líderes religiosos classificaram Kirk, de 31 anos, como “voz decisiva” para eleger Trump em 2020 e reeleger em 2024. “O dia em que Charlie morreu, anjos choraram, mas essas lágrimas viraram fogo em nossos corações”, disse Stephen Miller, vice-chefe de gabinete da Casa Branca.
A comoção também refletiu a polarização nacional. Trump criticou a “esquerda radical” e destacou a necessidade de rigor contra a violência política. Paralelamente, defensores de liberdades civis acusam o governo de usar o caso para ampliar poderes estatais.
Robinson foi indiciado por homicídio qualificado e pode enfrentar pena de morte. As autoridades ainda não divulgaram motivação para o ataque.
Segundo a agência Reuters, a ascensão de Kirk começou aos 18 anos, quando fundou a Turning Point USA e passou a debater temas como porte de armas e aborto, conquistando milhões de seguidores nas redes sociais.
O episódio evidencia como tragédias podem impulsionar agendas políticas e religiosas nos EUA, ao mesmo tempo em que aprofundam divisões ideológicas.
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Crédito da imagem: Reuters/EPA