Trump envia Guarda Nacional a Chicago contra crimes

Trump envia Guarda Nacional a Chicago contra crimes é a mais recente medida do presidente dos Estados Unidos para, segundo ele, enfrentar a violência em cidades administradas por democratas.
A Casa Branca confirmou na noite de sábado (14) a autorização para que até 300 soldados da Guarda Nacional sejam deslocados à cidade. A iniciativa ocorreu poucas horas depois de agentes federais terem disparado contra uma mulher armada que, de acordo com o Departamento de Segurança Interna (DHS), colidiu veículos contra carros oficiais durante um protesto.
Trump envia Guarda Nacional a Chicago contra crimes
O governo federal argumenta que a presença militar é necessária para “proteger agentes e patrimônios federais” em meio ao que classifica como “distúrbios violentos”. Entretanto, líderes locais e estaduais veem a ação como abuso de poder. O governador de Illinois, J.B. Pritzker, afirmou que Trump tenta “fabricar uma crise” ao reforçar tropas sem consentimento do estado.
Em decisão paralela, a juíza federal Karin Immergut suspendeu temporariamente o envio de 200 soldados a Portland, no Oregon, após considerar que a ordem presidencial “desconsidera os fatos” e ameaça a soberania estadual. Especialistas apontam que a mesma argumentação jurídica pode ser usada para contestar o destacamento em Chicago, onde ainda não há confirmação de que os militares já estejam nas ruas.
Reações políticas e cenário de crimes
Trump ameaça recorrer à Guarda Nacional na cidade há quase um mês, citando índices de homicídio e tiroteios. Embora o Conselho de Justiça Criminal mostre queda de 33% nos assassinatos entre janeiro e junho em comparação com 2022, o nível de violência permanece acima da média nacional. Durante o último feriado do Dia do Trabalho, 58 pessoas foram baleadas, oito fatalmente.
Autoridades de direitos civis alertam que a presença militar pode inflamar protestos, principalmente diante das crescentes manifestações contra o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) na região. Reportagem da BBC lembra que leis do século XIX limitam o uso de forças armadas em assuntos domésticos, reservando aos governadores o poder de convocar a Guarda Nacional.
Próximos passos e possíveis disputas judiciais
Nos bastidores, advogados ligados à administração de Chicago preparam ações para barrar o envio dos 300 soldados, caso o Pentágono efetive a ordem. Enquanto isso, Trump declarou a generais que pretende transformar cidades “inseguras” em “campos de treinamento” para combater o que chamou de “inimigo interno”.
Observadores políticos avaliam que a controvérsia deve se estender às cortes federais nas próximas semanas, testando os limites entre poder civil e militar nos Estados Unidos.
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Crédito da imagem: Getty Images
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