Trilha de dinossauro de 220 m é a maior da Europa

Trilha de dinossauro de 220 m é a maior da Europa: uma sequência de pegadas jurássicas encontrada na Fazenda Dewars, próxima a Bicester, no Reino Unido, acaba de se tornar o registro mais extenso do continente. Escavadores confirmaram 220 metros de marcas deixadas por um saurópode há cerca de 166 milhões de anos, período em que o lendário Megalossauro habitava a região.
O achado ocorreu durante escavações lideradas por pesquisadores do Museu de História Natural da Universidade de Oxford (OUMNH) e da Universidade de Birmingham, com apoio do programa “Digging For Britain”, da BBC Two. Mais de 100 voluntários encararam semanas de calor intenso e um solo quase cimentado para expor centenas de novas pegadas, algumas com aproximadamente um metro de diâmetro.
Trilha de dinossauro de 220 m é a maior da Europa
A rodovia dos dinossauros de Oxfordshire, como a área é conhecida, já era famosa entre icnólogos — especialistas em rastros fósseis —, mas as saliências que inspiraram a escavação revelaram um conjunto sem precedentes. A linha contínua de pegadas segue de norte a sul da pedreira, superando todos os registros europeus anteriores; a maior trilha do mundo, no entanto, permanece nos Estados Unidos.
Além das marcas colossais, fósseis de plantas, invertebrados marinhos e parte de uma mandíbula de crocodilo foram recuperados. Para o geólogo Duncan Murdock, do OUMNH, o sítio oferece “um retrato valioso” do ecossistema jurássico. “O tamanho e a quantidade de pegadas indicam que dezenas de dinossauros se moviam juntos, possivelmente como um rebanho”, afirmou.
A descoberta reforça a importância científica de Oxfordshire, onde, em 1824, o Megalossauro se tornou o primeiro dinossauro descrito pela ciência. O novo material permitirá reconstituir rotas migratórias e padrões de comportamento dos saurópodes, grupo que inclui os gigantes brontossauros e diplodocos. Detalhes adicionais sobre a metodologia de escavação podem ser conferidos na cobertura da BBC, fonte reconhecida em divulgação científica.
Segundo os pesquisadores, os próximos passos envolvem digitalizar as pegadas em alta resolução, produzir modelos 3D e proteger o sítio para futuras análises. A expectativa é que o material contribua para refinamentos sobre clima, flora e fauna do Jurássico Médio no Reino Unido.
Este avanço paleontológico reforça o protagonismo britânico em estudos de pegadas e amplia o acervo europeu de icnologia com evidências concretas de convívio em grupo entre saurópodes.
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Crédito: Universidade de Birmingham
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