Tratamento para obesidade ganha impulso com microproteína

Tratamento para obesidade ganha impulso com microproteína

Tratamento para obesidade ganha impulso com microproteína após cientistas do Instituto Salk, nos Estados Unidos, identificarem dezenas de moléculas antes ignoradas, capazes de regular o armazenamento de gordura no organismo.

Tratamento para obesidade ganha impulso com microproteína

A equipe rastreou milhares de genes de células adiposas usando a ferramenta de edição genética CRISPR. Entre as moléculas mapeadas, a microproteína batizada de Adipocyte-smORF-1183 mostrou controlar a multiplicação das células de gordura e o acúmulo de lipídios, etapas decisivas no ganho de peso.

Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que mais de 2,5 bilhões de adultos e 390 milhões de crianças vivem com excesso de peso, números que elevam o risco de diabetes tipo 2, doenças cardíacas, insuficiência renal e diversos tipos de câncer.

Medicamentos atuais, como Ozempic e Wegovy, ajudam parte dos pacientes a reduzir quilos extras, mas podem provocar efeitos adversos severos e, com frequência, o peso retorna quando o tratamento cessa. A nova microproteína surge, portanto, como possível alvo para fármacos mais eficazes e duradouros.

Segundo Victor Pai, pós-doutorando do laboratório de Alan Saghatelian no Instituto Salk, esta é a primeira vez que microproteínas ligadas especificamente à proliferação de células adiposas são analisadas com CRISPR. “Queríamos saber se havia algo ainda não descoberto nesse complexo sistema metabólico”, afirmou.

O rastreamento revelou que quanto mais genes são examinados, maior o número de microproteínas associadas a distúrbios metabólicos. Isso abre caminho para acelerar o desenvolvimento de terapias contra obesidade e doenças correlatas. No entanto, os pesquisadores alertam que a Adipocyte-smORF-1183 ainda precisa passar por testes adicionais para avaliar segurança e possíveis efeitos colaterais antes de chegar às prateleiras.

A próxima fase pretende identificar outras moléculas semelhantes que possam potencializar tratamentos de longo prazo, minimizando o chamado efeito sanfona e reduzindo complicações de saúde relacionadas ao excesso de peso.

Quer saber mais sobre avanços científicos que podem transformar a saúde? Leia também nossa cobertura na editoria de Ciência e Tecnologia e acompanhe as novidades.

Crédito da imagem: Salk Institute

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Imagem: Salk Institute

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