Tratador de zoológico morto por leões foi o trágico desfecho de uma visita rotineira ao Safari World Bangkok, na Tailândia, na manhã de 10 de setembro. Por volta das 11h, Jian Rangkarassamee, 58 anos, saiu do veículo usado para alimentar os animais e foi atacado por seis a sete leões diante de turistas, segundo a Thai News Agency.
O ataque durou cerca de 15 minutos. Laudo do Instituto Médico Legal apontou múltiplos cortes profundos, pescoço quebrado e artérias rompidas como causas da morte. A área dos predadores foi imediatamente fechada e os felinos, recolhidos a jaulas para monitoramento.
Tratador morto por leões em safári na Tailândia
Sadudee Punpugdee, diretor de proteção da vida selvagem do Departamento de Parques Nacionais (DNP), informou que a licença do parque expirou em outubro passado e aguarda renovação. Inspeção conduzida pelo DNP identificou cercas danificadas, sinalização inadequada e falta de câmeras de segurança, conforme relatado pela Agência France-Presse.
Em nota nas redes sociais, o Safari World declarou que “a segurança de turistas e funcionários é prioridade máxima” e prometeu revisar protocolos, reforçando que visitantes não devem sair dos carros na zona de animais selvagens.
Organizações de proteção animal reagiram. Edwin Wiek, da Wildlife Friends Foundation Thailand, lembrou que animais criados em cativeiro mantêm instintos naturais e pediu restrição à reprodução de leões fora de zoológicos licenciados. Já a World Animal Protection Thailand defendeu a transferência dos felinos para santuários, alertando para o aumento de 239% da população de leões em cativeiro no país entre 2018 e 2024, além do crescimento de 1.300% na posse privada.
O incidente é o segundo ataque fatal em parques de vida selvagem tailandeses neste ano. Em janeiro, a turista espanhola Blanca Ojanguren García, 22, morreu após ser pisoteada por um elefante durante banho em um santuário na ilha de Koh Yao.
Autoridades afirmam que o Safari World precisará atender a padrões rigorosos antes de reabrir a área de grandes felinos. As investigações sobre falhas de segurança continuam, enquanto especialistas reforçam que o contato próximo com predadores representa risco elevado tanto para humanos quanto para animais.
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Crédito da imagem: Global News