Tratado do Alto Mar entra em vigor após 60 ratificações

Tratado do Alto Mar entra em vigor após 60 ratificações

Tratado do Alto Mar ganha força jurídica global depois que Marrocos depositou, na sexta-feira (data local), a 60ª ratificação necessária para sua entrada em vigor em janeiro de 2025. O acordo, negociado durante duas décadas, estabelece regras vinculantes para conservar e usar de forma sustentável a biodiversidade em mais de dois terços dos oceanos, área fora da jurisdição de qualquer país.

Decorrente de compromissos assumidos em 2021, o tratado prevê a criação de Áreas Marinhas Protegidas a fim de salvaguardar 30% das águas internacionais até 2030. Atualmente, apenas 1% dessas regiões está protegido, o que deixa ecossistemas marinhos vulneráveis à sobrepesca, à poluição e ao aquecimento causado pelas mudanças climáticas.

Tratado do Alto Mar entra em vigor após 60 ratificações

A secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Oceânicos, em nota, destacou que o documento “marca um ponto de virada para dois terços do oceano que permaneciam sem defesa”. A rapidez na adesão — menos de dois anos após a assinatura em 2023 — foi classificada por especialistas como “tempo recorde” para acordos ambientais internacionais, que costumam levar mais de cinco anos até se tornarem lei.

Organizações como WWF e Greenpeace saudaram o acontecimento. Para Kirsten Schuijt, diretora-geral do WWF Internacional, a conquista “abre um novo capítulo de colaboração entre nações”. Já Mads Christensen, do Greenpeace, declarou que o momento “prova que os países podem unir forças para proteger o planeta azul”.

Com o tratado ativo, os Estados-membros poderão apresentar propostas de áreas a serem preservadas. Essas indicações serão votadas pelos signatários, que também se comprometem a realizar Avaliações de Impacto Ambiental (AIA) antes de qualquer atividade econômica. Outros países poderão questionar as análises perante órgãos de monitoramento independentes, garantindo maior transparência.

Segundo a Organização das Nações Unidas, o oceano sustenta a maior parte da vida na Terra, gera até US$ 2,5 trilhões para a economia global e responde por cerca de 80% do oxigênio atmosférico. No entanto, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) alerta que quase 10% das espécies marinhas avaliadas correm risco de extinção.

A próxima etapa envolve a definição dos primeiros santuários oceânicos e a captação de recursos para fiscalização, pontos considerados decisivos para o sucesso do pacto até 2030.

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Crédito da imagem: Getty Images

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