Tiroteio em Porepunkah: caçada a Dezi Freeman segue

Tiroteio em Porepunkah: caçada a Dezi Freeman segue

Tiroteio em Porepunkah: caçada a Dezi Freeman segue mobiliza centenas de agentes após a morte de dois policiais e ferimentos graves em um terceiro, em uma pequena cidade dos Alpes australianos.

Tiroteio em Porepunkah: caçada a Dezi Freeman segue

Porepunkah, município de apenas mil habitantes no estado de Vitória, viu sua rotina pacífica ser rompida na terça-feira (02) quando um mandado de busca a uma propriedade terminou em tragédia. Segundo a polícia local, o suspeito Dezi Freeman, 56 anos, abriu fogo contra dez agentes que cumpriam a ordem judicial relacionada a um inquérito de crimes sexuais.

O detetive aposentando Neal Thompson e o sargento Vadim De Waart foram mortos quase imediatamente. Outro policial, cuja identidade não foi divulgada, permanece hospitalizado em estado grave. Freeman, descrito como “cidadão soberano” — grupo que nega a legitimidade do Estado —, escapou pela mata densa levando armas, inclusive uma supostamente artesanal e outra retirada dos agentes abatidos.

Com helicópteros sobrevoando e veículos blindados nas ruas, a força-tarefa vasculha vales e trilhas de caminhada que tornaram a região famosa por enoturismo. Moradores, acostumados a deixar portas destrancadas, agora se abrigam em casa. “Nada assim acontece aqui”, relatou Emily White, proprietária de um parque de caravanas.

O episódio reacendeu o debate sobre conspiracionistas anti-governo na Austrália. Especialistas ouvidos pela mídia afirmam que movimentos pseudo-jurídicos ganharam força durante a pandemia, quando restrições sanitárias alimentaram desconfiança estatal. Joe McIntyre, professor de Direito, alerta que o fenômeno “representa risco crescente” ao questionar sele­tivamente leis e normas sociais.

O caso evoca o massacre de Wieambilla, em 2022, quando dois jovens policiais foram mortos em condições semelhantes no estado vizinho de Queensland. À época, o governo federal prometeu rever protocolos. Questionado sobre avanços, o comissário da Polícia de Vitória limitou-se a dizer que “todas as lições estão sendo consideradas”, mas que a prioridade é capturar Freeman.

De acordo com a BBC News, autoridades federais tratam grupos de “cidadãos soberanos” como potencial ameaça doméstica desde 2023. Estima-se que dezenas de milhares de australianos simpatizem com as ideias, muitas vezes espalhadas online por “gurus” que vendem manuais ensinando a driblar o Estado.

Analistas defendem ações coordenadas que combinem educação jurídica, suporte em saúde mental e fiscalização de armas. “Enquanto houver terreno fértil para sentir-se injustiçado, alguém pode recorrer à violência”, pontuou o jornalista investigativo Cam Wilson.

A polícia pede que qualquer informação sobre o paradeiro de Freeman seja repassada imediatamente e orienta moradores a permanecerem em locais seguros. O suspeito é considerado extremamente perigoso.

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Crédito da imagem: Getty Images

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